Médica encontra ‘tampão’ dentro de mulher no Piauí 20 dias após o parto
Um casal denunciou em redes sociais que após 20 dias do nascimento do filho, foi encontrado um "tampão" (um tecido utilizado para estancar sangramentos pós-parto) dentro da mãe.
Cleiton Jarmes em 21 de fevereiro de 2017
Um casal denunciou em redes sociais que após 20 dias do nascimento do filho, foi encontrado um “tampão” (um tecido utilizado para estancar sangramentos pós-parto) dentro da mãe. O ex-jogador de futebol Erivaldo Veloso contou ao G1 que após a mulher passar mal em casa, a levou ao Hospital Geral do Buenos Aires, onde detectaram o problema.
“Ela estava sentindo muita dor e não conseguia urinar. Já tinham se passado 20 dias desde o nascimento do nosso filho e ela não melhorava. Levei ela ao Hospital do Buenos Aires e quando a ginecologista foi examinar, achou o tampão do tamanho de uma fralda dentro dela. Minha mulher chorou muito com a situação, foi humilhante”, contou.
Por meio de nota, a maternidade afirmou apenas que o caso está sendo investigado.
Assustada, a educadora física Thamara Macêdo contou que a ginecologista que a atendeu no Hospital do Buenos Aires explicou que é normal colocarem um tampão para estancar o sangramento, mas que ele deveria ter sido retirado no prazo máximo 24 horas depois do nascimento do filho.
“Foram 20 dias horríveis. Me sentindo mal, sentindo um mau cheiro em mim e não sabia o que era. Saí da maternidade (Evangelina Rosa) sem nenhum tipo de informação. Não me falaram do tampão, não me falaram quando devia voltar para retirar os pontos, nem marcaram o meu retorno após o resguardo. Apesar disso, achei que estava saudável. Meu medo era que eu tivesse pego uma infecção e só descobrisse quando não tivesse mais jeito”, relatou.
Na publicação realizada no perfil pessoal do ex-jogador no Facebook, que já tem mais de 2,8 mil reações e 1.078 compartilhamentos, Erisvaldo relata o fato e demostra indignação com a Maternidade Dona Evangelina Rosa, local onde o filho nasceu. Segundo ele, o que houve foi uma negligência do local.
“Estamos revoltados. Eu, minha esposa, nossa família, nossos amigos entendemos que o que houve foi uma irresponsabilidade, uma falta de atenção e cuidado com a paciente. E se tivesse acontecido o pior? A maternidade tem que assumir o erro e sofrer as consequências”, disse.
Em nota a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) informou que foi acionado o Núcleo de Segurança do Paciente e os profissionais que estiveram presentes no procedimento irão discutir o caso. Ressaltaram ainda que a Instituição trabalha com transparência e que ao final da avaliação informará o que de fato ocorreu.
G1/piauí