MPF denuncia prefeito de município piauiense por esquema de desvio de medicamentos
As irregularidades foram noticiadas por Maria Deurisvane Marques Gomes, que ocupou o cargo de Secretária Municipal de Saúde e que descreveu junto a Policia Federal o esquema de desvio de medicamentos.
Sarah Maia em 14 de setembro de 2017
(Foto: Reprodução)
O prefeito do município de São Miguel do Tapuio, Lincoln Matos, foi denunciado pelo Ministério Público federal (MPF), através do procurador Kelston Pinheiro Lages, por improbidade administrativa cometido entre os anos de 2009 a 2012. A ação foi ajuizada na última terça-feira (12).
O gestor, juntamente com o ex-prefeito Francisco de Assis Sousa, conhecido como “Dedé” e o ex-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Rauristênio Rodrigues Cavalcante, é acusado de desviar medicamentos destinados à secretaria municipal de Saúde para a Policlínica Santa Maria Ltda.
A empresa é de propriedade do prefeito Lincoln. De acordo com a denúncia, os denunciados realizaram desvios ilícitos de medicamentos, em proveito particular, que se destinavam ao abastecimento da farmácia popular do município, incorporando aos seus patrimônios, de forma indevida, verbas oriundas do Governo Federal.
As irregularidades foram noticiadas por Maria Deurisvane Marques Gomes, que ocupou o cargo de Secretária Municipal de Saúde e que descreveu junto a Policia Federal o esquema de desvio de medicamentos.
Caixas de medicamentos adquiridos junto a Policlínica Santa Clara mas que pertenciam a Secretaria Municipal de Saúde foram apresentadas a autoridade policial e notas fiscais emitidas pela empresa Up Med do Brasil evidenciam o real destinatário dos medicamentos (Prefeitura Municipal de São Miguel do Tapuio), mas que estavam carimbadas com a sigla da clínica de Lincoln Matos, configurando o desvio ilícito.
O MPF pediu a condenação dos denunciados e o ressarcimento do prejuízo causados ao erário, a ser apurado em liquidação de sentença.
Outro lado
O prefeito Lincoln Matos não foi encontrado na tarde desta quinta-feira (14) para comentar a denúncia.
Fonte: Portal R10
