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ALEGRETE l Prefeito Márcio Alencar participa de reunião com a bancada federal do Piauí em busca de soluções para a crise dos municípios

"Falta verba para novos investimentos, para questões básicas de gestão e as recomendações ainda são de demissão de contratados. Sem uma ajuda, será um caos a administração municipal daqui pra frente”, relatou o prefeito.

em 23 de outubro de 2017

Na manhã desta segunda-feira (23), o prefeito de Alegrete do Piauí, Márcio Alencar (PT), esteve ao lado dos demais prefeitos dos municípios piauienses no auditório da APPM, em Teresina, para participar de uma audiência junto a bancada federal do Piauí.

O encontro, proposto pela APPM e CNM, com participação também do Tribunal de Contas do Estado (TCE), teve como principal pauta a solicitação do auxílio e parcerias, em razão da grave crise financeira que assola os municípios, inviabilizando diversas questões administrativas como o cumprimento das folhas de pagamento.

Além de ações que visam uma melhor divisão na fatia dos repasses da Federação, hoje de apenas 18%, o principal debate vislumbrou as questões emergências, para que os municípios possam fechar suas contas ainda neste fim de ano, através do Auxílio Financeiro aos Municípios – AFM. Para tanto, é necessário o empenho da bancada federal para articularem o recurso junto ao presidente Michel Temer.

O prefeito Márcio Alencar, assim como os demais gestores, solicitam uma ajuda em torno de 4 bilhões de reais, ficando cerca de R$ 150.000,00 (centro e cinquenta mil reais) para prefeituras ’06’, como a de Alegrete do Piauí. As reivindicações, que seguem também em outros estados, já foram assinadas por 204 prefeitos piauienses. Quanto ao pacto federativo, os gestores também exigem uma divisão mais justa, em 25%, da fatia das arrecadações, que apresenta hoje um modelo concentrador onde a União detém a grande maioria (cerca de 60%).

Em conversa com o Piauí em Foco, o prefeito ‘Marcinho’ relatou a preocupação diante da atual situação administrativa de Alegrete, bem como dos demais municípios.

“Hoje estamos diante de uma grave crise financeira nos nossos municípios. Os repasses estão defasados, já não eram suficientes e constantemente ainda passam por quedas. A União detém a maior parte e nós, que executamos as ações, as obras e os programas, ficamos com a menor parte. É uma conta injusta e agora a falta de recursos chegou a um ponto crítico. Falta verba para novos investimentos, para questões básicas de gestão e as recomendações ainda são de demissão de contratados. Sem uma ajuda, será um caos a administração municipal daqui pra frente”, relatou o prefeito.

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