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Capitão da PM confessa assassinato e ocultação do corpo da estudante de Direito Camila Abreu

em 01 de novembro de 2017

Foi ouvido na noite de ontem pelos delegados Emerson Almeida e Francisco Costa, o Barêtta, da Delegacia Especializada de Homicídios, no bairro Morada Nova, na zona Sul de Teresina, o capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson da Silva Nascimento, 37 anos, dos quais 15 de PM.

Alisson é acusado de assassinar com um tiro de pistola .40 no rosto e ocultar o corpo da namorada, Camila Pereira de Abreu, de 21 anos, na madrugada de quinta-feira (26), nas proximidades do Restaurante Frango de Ouro, na BR-343, na saída de Teresina para Altos.

O capitão chegou no carro de um dos advogados, por volta das 17h15, na Delegacia de Homicídios, sob forte aparato policial para evitar que a imprensa fizesse imagens do oficial.

O portão lateral foi fechado imediatamente após a entrada do veículo, um Toyota. Do lado de dentro, policiais civis e oficiais da PM aguardavam o acusado, que entrou rapidamente e seguiu para a sala do delegado.

O corpo de Camila, encontrado na mata, a 15 metros da margem de uma estrada vicinal no povoado Mucuim, na região de Todos os Santos, na zona Sudeste da capital, apresentava muitas escoriações no rosto, um corto profundo no queixo, o que pode revelar que ela pode ter sido espancada antes de ser executada com um tiro de pistola .40 no rosto.

Segundo a família, Camila Abreu tinha uma tatuagem nas costas, o que pode facilitar a identificação pelo Instituto de Medicina Legal, para onde o cadáver foi levado depois de ser encontrado com a ajuda do capitão

Cena de crime

Segundo Barêtta o cadáver foi arrastado do carro do capitão Allisson Wattson, um Corolla azul, placas NIF-8022, de Teresina, e abandonado, ainda na quinta-feira, a 15 metros da margem de uma estrada vicinal no povoado Mucium. O local é de mata fechada, na região de Todos os Santos, na zona Rural de Teresina, onde o capitão-PM tem uma chácara. O corpo de Camila estava numa poça e sangue.

O capitão Allisson Wattson da Silva Nascimento continua depondo neste momento. Acompanham o depoimento do acusado os delegados Emerson Almeida e Francisco Barêtta, o promotor de Justiça, Benigno Filho, e o delegado-geral de Polícia Civil, Reidel Batista, oficiais da PM e escrivão e agentes de civis.

Manifestação

Do lado de fora, curiosos gritaram palavrões e chamaram o oficial da PM de “assassino”, “covarde”, na chegada dele para depor na DH. Jornalistas continuavam de plantão para tentar ouvir o delegado e saber mais detalhes do depoimento e das próximas fases do inquérito.

Depoimento

Uma fonte, que pediu sigilo da identidade, ouviu o início do depoimento do capitão e revelou que Alisson Wattson acusou Camila Abreu de traição e essa seria a motivação para o crime.

Outro detalhe revelado do depoimento do capitão foi que Camila foi morta com um tiro no rosto. A arma usada foi uma pistola .40 (de alto poder de destruição e de uso restrito das polícias e forças armadas).

O disparo aconteceu dentro do carro do oficial, que ficou com sangue no teto, piso, bancos e porta. O carro foi lavado num lava-jato ainda na quinta-feira e teria sido vendido em Campo Maior. O Corolla foi devolvido depois pelo comprador que não suportou o mau cheiro provocado pelo sangue em decomposição, que ficou impregnado no estofamento, mesmo depois de lavado.

O acusado chega à Delegacia de Homicídio

O Corolla onde Camila Abreu foi morta com um tiro no rosto

Fonte: Piauí Hoje

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