Radialista é condenado a 7 anos de prisão por matar garçom em acidente no interior do Piauí
Administrador em 09 de março de 2018
Foi realizado nesta quinta-feira (08/03), no auditório da Câmara Municipal de Piripiri, o júri popular que julgou o locutor de rádio Ivan Carlos Carvalho Panichi, acusado de atropelar e matar, no dia 11 de setembro de 2010, o garçom João Antônio dos Santos, conhecido como ‘João Fidelis’, de 68 anos, na BR 343, Km 75, naquela cidade.
Depois de quase 10 horas de julgamento, a juíza Luciana Cláudia Medeiros de Sousa, proferiu a sentença por volta das 18h e condenou Ivan Carlos Carvalho Panichi a sete anos em regime semiaberto. A defesa irá recorrer da condenação em segunda instância e ele aguarda em liberdade.
O júri teve início por volta de 8h30 e o julgamento era muito aguardado por ser um dos primeiros casos enquadrados pela justiça brasileira como homicídio doloso no trânsito.
O júri era para ter ocorrido no dia 14 de novembro do ano passado, depois, no dia 22 do mesmo mês mas, às vésperas do ato, a advogada de defesa do réu protocolou atestado médico, pedindo adiamento do julgamento.
Às vésperas da primeira data marcada para o julgamento, no dia 14 de novembro de 2017, todos os demais advogados de defesa que estavam com procuração nos autos, renunciaram, estranhamente, a seus mandatos, ficando apenas a advogada que protocolou o atestado médico para se ausentar.
Garçom morreu após ser atropelado em BR
O júri foi aguardado com muita expectativa pela sociedade local, que ficou indignada pela maneira como se deu o crime, em que o autor, após matar o garçom, ficou ingerindo bebidas em um bar, a poucos metros onde se deu o ocorrido.
Após crime que chocou o Piauí, Ivan vive uma vida normal, como se nada tivesse acontecido
“Estamos muito confiantes em que o réu seja julgado e condenado pelo crime que cometeu. A família só descansará quando essa condenação ocorrer, até para que outras famílias não percam seus entes pela ação irresponsável de quem dirige carro em desrespeito às normas de trânsito”, afirmou Georliton Alves, filho da vítima, durante o juri.
Na época em que o garçom morreu, segundo um agente da Polícia Rodoviária Federal Ivan estaria alcoolizado. “As testemunhas afirmam que ele estava se dirigindo para a Churrascaria Popular, também na BR-343. Após o acidente, o acusado sentou no bar e começou a beber, o que gerou revolta na população”, disse. Devido a interferência da PRF e da Polícia Militar, o condutor do veículo não foi linchado, além de ser ileso para o 2º DP de Piripiri, onde foi autuado em flagrante por homicídio e onde, também, encontra-se preso.
