Dom Plínio diz que substituição do piso da igreja de Picos foi um pedido da comunidade católica
Administrador em 24 de abril de 2019
Em entrevista ao Folha Atual na manhã desta terça-feira, 23, o bispo diocesano de Picos, Dom Plínio José Luz, comentou a polêmica em torno da substituição do piso da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Ele informou que a decisão foi tomada pela comunidade católica que costuma participar das atividades religiosas no templo. Para a efetivação dessa decisão o sacerdote afirmou ter ouvido o Colégio de Consultores, formado por um grupo de clérigos que assumem essa função por cinco anos.
“Foi feito um processo responsável para atender o pedido das pessoas que fazem parte da igreja; não fomos nós que tomamos essa iniciativa, mas respondemos a essa consulta”, declarou.
Segundo Dom Plínio, a ideia da substituição do piso já existe desde quando o padre Gregório Lustosa era o pároco da Paróquia de Nossa Senhora dos Remédios. Dom Plínio disse que na época aconselhou o pároco a consultar as pessoas que frequentavam o templo, e estas, na realidade, estariam pedindo pela reforma.
“Foi feita uma consulta naquela vez, mas não foi encaminhado o processo, apesar de muita gente, a maioria votar a favor, e agora nesse ano passado, em 2018, mais uma vez veio aquele grupo falar comigo, insistentemente, e eu levei o assunto para o Colégio de Consultores, é um setor da diocese que o bispo tem de consultar para tomar uma decisão oficial”, explicou.
O bispo disse ainda que foi informado pelo Colégio de Consultores sobre alguns procedimentos a serem adotados antes do início da reforma, como a consulta a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que indicou um arquiteto com formação em arte sacra. Em todo o país existem apenas dois arquitetos com essa formação, um deles, o paranaense Tobias Bonk Machado, foi convidado para elaborar o projeto da mudança do piso.
“Ele veio a Picos, visualizou o piso, conversou com as pessoas, reuniu o conselho econômico, teve contato com o povo, inclusive nas missas e fez o projeto”, explicou.
Dom Plínio afirmou que a população estava pedindo por um espaço mais “agradável” para participar das celebrações da igreja.
Quanto ao argumento de muitas pessoas, criticando a descaracterização do templo, o bispo respondeu que o prédio não é “tombado”, apesar de ser a Segunda Maravilha do Piauí. “Aqui é patrimônio do povo, foi feito pelo povo, e nós não estamos atentando contra um patrimônio cultural, e a igreja é uma instituição particular, não é governamental, e estamos submissos a lei também”, frisou.
Além da substituição do piso haverá a reforma do presbitério.
Fonte: Folha Atual