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Violeiro e repentista Zé Silva morre aos 63 anos

Zé Silva trabalhou no programa Tarde Sertaneja, da rádio Difusora, por dez anos, em dupla com Barra Azul

em 21 de janeiro de 2014

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Faleceu na tarde do último domingo (19), o poeta repentista José Emídio da Silva, mais conhecido como Zé Silva, 63. Por muitos anos ele viveu na cidade de Picos, onde atuou como violeiro na Rádio Difusora no programa Tarde Sertaneja por 10 anos, ao lado de Barra Azul, de quem se tornou um grande amigo. Atualmente residia na cidade de Puruaçu-GO.

Zé Silva passou por um problema de saúde que, por falta de um cuidado mais eficiente, se alastrou para outros órgãos e o levou a óbito.

“Eu recebi a notícia com muita tristeza, mas não foi surpresa. Estive lá na casa dele no Goiás com minha esposa no réveillon e ficamos acompanhando seu estado de saúde pelo telefone. Todo dia a gente ligava, em outros momentos as irmãs dele ligavam. Estava cada dia mais fraco, debilitado. Entretanto, fiquei muito feliz porque ele estava muito bem cuidado pelas irmãs e a gente podia sentir que ali havia um grande amor por parte delas para com ele”, disse Barra Azul.

Após uma cirurgia realizada na garganta e ter tido uma razoável melhora, o violeiro e repentista esteve na cidade de Picos onde pôde visitar alguns amigos e ser visitado por outros.  “Ele vivia do repente. Nunca fez outra coisa. Desde que começou a cantar, ele nunca parou. Enquanto pôde cantar, cantou. No ano passado quando ele esteve em Picos e voltou, não teve mais condições de enfrentar, pois já estava bastante debilitado, sem forças. Até parecia que ele sabia que seria sua última visita a Picos”, comentou seu amigo.

Zé Silva nasceu no Ceará. Ainda jovem, veio morar no Piauí e em fevereiro de 1980 chegou a Picos, logo no início do programa Tarde Sertaneja na Rádio Difusora. Segundo Barra Azul, ele era uma pessoa sempre proativa, com instinto de servir, simples, humilde, ótimo amigo e bom cidadão. Como todo ser humano, não estava imune de defeitos, nada que atingisse a terceiros. É parte de uma família de 16 irmãos. Três residem no Ceará e a maior parte vive entre Brasília e Goiás.

“Muitas coisas interessantíssimas se passaram entre mim e o Zé Silva. Uma delas foi quando fomos cantar em Santa Cruz do Piauí. Ele ia dirigindo o meu carro e contou que havia trabalhado como taxista em Teresina. Ele disse que em todo o tempo de taxista nunca havia atropelado uma galinha sequer. Mal fechou a boca, um leitão passou na nossa frente e ele passou por cima. Olhamos pelo retrovisor e o animal ficou só rodando. Na volta da cantoria, paramos na casa do dono do leitão para podermos pagar. Só que o dono já tinha era feito o leitão para comer e acabou nos convidando também. Essa foi uma história muito engraçada”, contou saudoso o poeta e repentista Barra Azul uma de suas histórias vivenciadas com Zé Silva.

“É uma saudade muito grande, principalmente porque sabemos que ele não volta mais”, lamentou.

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