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Garota que desapareceu após prova do Enem conheceu homem que a abrigou no dia do sumiço

“Giovana tinha um comportamento arredio, de não aceitar regras, mas com mais ênfase por conta do problema psicológico dela. Ela não administrava bem os limites que a gente queria estabelecer”, destacou pastor

em 12 de novembro de 2019

A adolescente Giovanna Gabriely Belém Oliveira, 17 anos, desaparecida por 72h e encontrada no vizinho município de União, na última quarta-feira (06/11), compareceu ao segundo dia de prova do Enem 2019 e permanece sem ver os pais. Ela acusa o pai, pastor Gudson Costa, de abuso sexual e afirma que foi esse o motivo da fuga. Em entrevista ao OitoMeia, o pastor afirmou que está tranquilo em relação às investigações e relatou que não foi afastado da igreja.

“Eu não consigo vê-la. A Justiça não me permite, a minha esposa também não conseguiu. Ela está na casa de uma tia materna, está bem, as notícias que a gente tem é que ela fez a segunda fase do Enem. O processo está em andamento, estão aguardando testemunhas. Eu estou com minha advogada, temos muitas coisas que comprovam que os transtornos psicológicos que ela tem fomentam esse tipo de atitude”, afirmou o pai da adolescente na tarde desta segunda-feira (11/11), por telefone.

Gudson Costa foi quem procurou a imprensa e deu diversas entrevistas com o intuito de encontrar a filha. Depois que foi acusado de abuso sexual, ele continuou mantendo uma postura de tranquilidade e disse: “a arma que eu uso para isso é o amor”. Ele segue a vida normalmente, continua pregando em cultos e está prestes a voltar à sala de aula, onde atua como professor de matemática.

“Eu não fui afastado [ da igreja]  porque o presidente sabe do meu comportamento. Ontem mesmo eu estava na igreja, foi um culto maravilhoso, a gente prefere esquecer o assunto e deixar na mão de Deus. Vou voltar aos colégios, só não voltei porque acompanhei os depoimentos do meu filho, tive que levá-lo”, declarou ao OitoMeia.

“Dentro de casa não havia brigas, nem discussões”

O pastor atribui as acusações da filha aos problemas psicológicos que ela sofria. Já era a sétima vez que ela fugia de casa, e já era acompanhada por uma equipe de psicólogos e psiquiatras. Gudson Costa contou que dentro de casa não havia brigas, nem discussões, mas que a jovem tinha um comportamento resistente.

“Giovana tinha um comportamento arredio, de não aceitar regras, mas com mais ênfase por conta do problema psicológico dela. Ela não administrava bem os limites que a gente queria estabelecer. Discussões, não. Brigas, não. Mas, às vezes a gente tem que ser forte, ‘não vai sair, não pode fazer isso’. No depoimento dele [homem que abrigou jovem durante o desaparecimento], ele disse que conheceu ela naquele dia, não era namorado. Ela passou três dias na casa dele, para você ver como estava o nível de complicação das coisas”, pontuou o pastor.

INVESTIGAÇÕES

A Polícia Civil do Piauí tem até 30 dias para concluir as investigações sobre o caso. A mãe de Giovanna chegou a ser internada durante o desaparecimento e a família aos poucos volta a vida normal. O pai encara a acusação como uma “represália” às proibições e disse que segue amando a filha.

“Minha esposa sabe quem eu sou, meus filhos, minha família. A vida de um cristão vai ter acusações, essas acusações que são feitas é pra gente crescer. A arma que eu uso para isso é o amor. A gente continua amando, vendo que foi um momento de raiva e represália às proibições que nós demos. Ela usou desse meio para nos atingir, não me atinge porque eu sei quem eu sou. A minha vida é um livro aberto, podem ir atrás”, comentou Gudson Costa. 

Fonte: OitoMeia

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