Segundo pesquisa do IBGE, Piauí tem a segunda pior média de rendimento do trabalho
Isadora Freitas em 12 de maio de 2020
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta segunda-feira (11), dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2019, que coloca o Piauí como segundo do país em relação a média mensal dos rendimentos provenientes de todos os trabalhos.
Segundo o levantamento, a média de rendimento dos piauienses por mês, de R$ 1.379, representa menos que 60% do valor nacional e só não é pior que o desempenho do Maranhão, de R$ 1.325. Quem lidera essa estatística é o Distrito Federal (DF), com rendimento acima dos R$ 4 mil.
O IBGE ainda revelou que, considerando outras fontes como aposentadorias, pensão ou aluguéis, o rendimento médio real do estado é o terceiro pior entre as demais unidades da federação, com cerca de R$ 1.385.
A renda média real piauiense equivale a quase 62% da brasileira, que é de R$ 2.244, no entanto, acumulou um crescimento de 13% ao longo de toda a série histórica do índice iniciado em 2012, obtendo o quarto melhor desempenho entre os demais estados.
Rendimento da população preta corresponde a 57% da renda de brancos, mostra o estudo
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (11), também revelou a disparidade racial em relação ao rendimento mensal entre a população piauiense.
Enquanto brancos ganham um valor médio mensal de R$ 1.931 no Piauí, pessoas autodeclaradas pretas recebem pouco mais que 57% deste valor, R$1.100 por mês.
A PNAD Contínua também comparou a diferença entre os valores recebidos mensalmente pelas pessoas de cor branca e as pardas, apontando que estes ganham em média R$ 1.272, quase 52% abaixo do rendimento daqueles.
Discrepância de renda por gênero
Em comparação com os homens, o levantamento afirma que no Piauí o rendimento médio mensal das mulheres, de R$ 1.275, é quase 14% inferior ao da população do sexo masculino, de R$ 1.451.
Fonte: O Dia