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Casos de sífilis crescem quase 1000% nos últimos seis anos no Piauí

em 20 de outubro de 2020

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) revela que os casos de sífilis adquirida no Piauí cresceram quase 1000%  nos últimos seis anos. As notificações de sífilis congênita e em gestantes também tiveram um crescimento preocupante. As mulheres são as que mais têm contraído a doença (51% dos casos) e a faixa etária predominante (50%) é entre jovens de 20 a 34 anos.

A coordenadora de Doenças Transmissíveis (DST) da Secretaria Estadual da Saúde, Karina Amorim, explica que a doença é prevenível, tratável e curável e, no Brasil, mas o Brasil se encontra em uma situação de epidemia.

“Antes da pandemia Covid-19, o Brasil já experimentava a epidemia de sífilis. Desde 2014, a gente vem observando um aumento no número de casos. Houve um esforço muito grande da Sesapi em orientar todos os municípios, capacitar os profissionais e implantar o teste rápido que é uma estratégia de diagnóstico precoce. Assim, houve o aumento no número de casos por conta do aumento da testagem”, explia Amorim.

Ela ressalta que a sífilis adquirida, doença que pode ser detectada em homens e mulheres, independente da faixa etária, teve um crescimento expressivo. Karina Amorim pontua que o crescimento da sífilis congênita também é preocupante.

“E é uma doença que deve ser  detectada durante o pré-natal e tratada para que não seja transmitida para o bebê”, alerta Amorim.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmitida pelo contato sexual sem o uso de preservativo.

“É evolutiva no organismo. Tem a fase primária, secundária, latente e, por fim, a terciária. A fase latente, a mais comum, não há sintomas. Então, a população só sabe se fizer um exame que pode ser rápido ou o sorológico, que o resultado sai em torno de 24 horas. Mesmo na forma latente, a doença é transmissível. As pessoas com vida sexualmente ativa devem fazer o teste, pelo menos, uma vez ao ano, que pode ser feito de forma gratuita no posto de saúde mesmo. O tratamento também é gratuito”, orienta Karina Amorim.


Via Cidade Verde

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