Quase metade da população piauiense tem pelo menos uma doença crônica
Carmo Neto em 18 de novembro de 2020
A Pesquisa Nacional de Saúde 2019, do IBGE, revela que 48,9% da população adulta do Piauí possui pelo menos uma doença crônica. O índice é pouco inferior à média do Brasil, onde 52% das pessoas com 18 anos ou mais de idade referem o diagnóstico de pelo menos uma doença crônica.
A hipertensão, mais conhecida como pressão alta, é a doença crônica mais presente no Piauí: cerca de 23,6% dos adultos informaram terem sido diagnosticados. Em seguida, vem o problema crônico na coluna, referido por 22,3% da população adulta piauiense. O colesterol alto aparece como a terceira doença crônica mais presente no Piauí, tendo sido informado por 16,5% da população, valor acima da média brasileira (14,6%).
No Piauí, o percentual de pessoas adultas com diagnóstico de artrite ou reumatismo foi o mesmo verificado no Brasil (7,6%). Cerca de 6,9% da população com 18 anos ou mais de idade referiu diagnóstico de depressão no estado e 6,8% informou ter diagnóstico médico de diabetes.
Outras doenças mentais consideradas na pesquisa (esquizofrenia, transtorno bipolar, psicose ou TOC) foram referidas por 5,5% da população piauiense. A asma foi diagnosticada em 4,7% dos adultos do Piauí e doenças cardiovasculares em 4,3%.
Apenas 1,1% da população piauiense tem diagnóstico de câncer, mesmo percentual verificado para a presença de doenças renais crônicas no estado. Com menor índice estão os Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT), diagnosticado em apenas 0,8% dos adultos do Piauí. Os DORT são inflamações localizadas, síndromes nervosas compressivas ou síndromes dolorosas, causados pelo uso excessivo ou atividade excessiva de alguma parte do sistema musculoesquelético.
As doenças crônicas não transmissíveis geram elevado número de mortes prematuras (aquelas que ocorrem entre os 30 e 69 anos de idade). Tais doenças repercutem na qualidade de vida da população e ocasionam impacto econômico para a sociedade e para os sistemas de saúde. Elas também possuem fatores de risco em comum que são passíveis de modificação, como o tabagismo, a prática de atividade física insuficiente, a alimentação inadequada, a obesidade e o consumo de álcool, por exemplo.
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