Grupo religioso faz momento de orações para profissionais e pacientes do Hospital Regional de Picos
Carmo Neto em 26 de março de 2021
Segundo Jéssica Santos, membro da IBN Picos e uma das organizadoras da ação, o objetivo era tocar o coração dos que estão na linha de frente e daqueles que estão acometidos pela doença.
Jéssica Santos, membro da Igreja Batista Nacional de Picos
“Essa é uma ação que não teve origem com a gente. Na realidade ela vem acontecendo em boa parte do Brasil. Várias igrejas evangélicas estão fazendo isso. Achamos uma ação louvável, válida. A nossa intenção era a de que a nossa caixinha de som alcançasse os enfermos, que estão ali praticamente solitários, sem acompanhantes. Nosso intuito foi o de levar uma palavra de esperança, de conforto para todos os que estavam ali”, disse ela.
A jovem relatou ainda que um momento muito especial na ação foi o de serem acompanhados pelos profissionais enquanto cantavam uma das músicas.
“Nós fomos em torno de 15 pessoas. Passamos ali cerca de 40 minutos. Nesse tempo, levamos a Palavra de Deus a eles, uma palavra de esperança, fé e conforto. Além disso, cantamos quatro músicas e, para nossa surpresa, quando entoamos a música “Ele é Deus”, boa parte dos profissionais que estavam ali fora cantaram conosco. Então foi muito emocionante”, relembrou.
O técnico de enfermagem Izackiel Vieira esteve de plantão no dia e relatou a importância do momento para os profissionais que ali estavam e que têm dedicado suas vidas na luta contra a Covid, muitas vezes desgastados física e emocionalmente.
“Já está com um ano que tudo começou no Brasil e só vimos piorar um ano depois. Nós que trabalhamos na linha de frente só temos a agradecer por esse incentivo, por esse gesto de carinho, pois a gente já anda tão cansado, tão exausto e com o psicológico tão abatido por termos que ver pessoas morrendo diariamente, por vermos pessoas que entram clamando pela vida e nós nos sentimos tão impotentes… Então, gestos desse tipo nos dão ânimos para continuarmos, nos dão esperança de que dias melhores virão e de que no final tudo vai dar certo”, falou.
Ele ainda reforçou que o momento atual é de fé, na esperança de que daqui a um ano as coisas estejam melhores.
Equipe de profissionais do HRJL – setor Covid
“Já conseguimos a vacina, mas infelizmente a maioria não foi vacinada. Contudo, estamos caminhando para isso. Agora é só ter fé, acreditar na ciência e aguardar que até o final do ano todos sejam vacinados e essa onda de morte tenha passado. Acima de tudo, que lá na frente, a gente lembre disso tudo como uma época ruim da nossa vida que passou. Que daqui há um ano possamos olhar para trás e agradecermos Deus por estarmos vivos, por termos passado por essa”, pontuou.
A também técnica de enfermagem Janara Santos reforçou o quão válida foi a ação para os que estão acamados e com medo do que pode acontecer.
Janara Santos, técnica de enfermagem do HRJL – setor Covid
“Como eles já vêm acompanhando no dia a dia nos jornais, a partir do momento em que eles veem a necessidade de ficarem internados no hospital já começa a ter a sensação de medo, de pânico, por estarem acompanhando a situação lá fora. As pessoas que estão ali internadas não têm como ficar com seus familiares, não têm como ter um acompanhante, estão só com os profissionais de saúde e isso pode gerar um vazio em alguns casos. Então, a presença de Deus é o mais importante nesse momento na vida de cada um, para que possam estar recebendo conforto, segurança e esperança de saírem de lá bem, com saúde, voltando assim para suas famílias”, declarou.
Fonte: RiachãoNet