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Construir no Piauí é caro, apesar da menor inflação do Nordeste, diz IBGE

em 13 de abril de 2021

A inflação no setor da construção civil no mercado piauiense fechou o mês de março em 0,81%. Trata-se do menor percentual registrado entre os estados Nordestinos e bem abaixo do índice nacional que foi de 1,45%. Os números são do Sinapi, que é o Índice Nacional da Construção Civil, pesquisa realizada mensalmente pelo IBGE, e que mostrou, também, que apensar da alta dos preços dos produtos no Piauí ter sido o menor da região, o metro quadrado construído no Estado continua sendo um dos mais caros.

Segundo os dados, o custo médio do metro quadrado no Piauí fechou março em R$ 1.278,56. O valor é superior a média regional em R$ 13,27 e somente menor que outros três estados, Maranhão (R$ 1.290,27), Paraíba (R$ 1.300,82) e Bahia (R$ 1.316,87). Detalhe que todos os estados nordestinos, com exceção do Piauí, registraram inflação no setor acima de um ponto percentual. Destaque para o Rio Grande do Norte que teve alta de 2,11% nos produtos que compõem o setor e mesmo assim, ainda, manteve o menor custo na construção da região: R$ 1.194,18.

Para Francisco Reinaldo, presidente do Sindicado das Industrias de Construção Civil (Sinduscon), um dos grandes motivos para que o Piauí tenha um dos metros quadrados mais caros do Nordeste, mesmo com inflação abaixo da média nacional, deve-se ao fato de que o Estado continua sendo, basicamente, importador dos produtos. “Importamos praticamente tudo na construção, desde aço, cerâmica desmaltada e até cimento, que tínhamos uma fábrica, mas fechou”, destacou o dirigente, ressaltando que o único item que não é importado é a cerâmica vermelha. Destacou.

Construção Civil do Piauí apresenta menor inflação do Nordeste (Foto: Reprodução)Construção Civil do Piauí apresenta menor inflação do Nordeste (Foto: Reprodução)

Ele ressalta que isso ocorre já há bastante tempo, tendo em vista que o Piauí é um Estado importador e não produtor. “Com isso, o custo do metro quadrado por aqui sempre será um pouco maior que o de outros estados, isso por si só já é um dado bastante significativo no custo para trazer os materiais, acrescentou Reinaldo, lembrando, também, que a mão de obra no seto piauiense também é local. “Isso faz com que o Estado gere emprego e renda com o movimento no setor”, disse.

E esse ponto tocado pelo presidente é confirmado pelos bons dados do Ministério da Economia. Conforme dos dados do Caged, que é o Cadastro de Empregado e Desempregados, somente em fevereiro, último mês pesquisado, o setor piauiense gerou mais de 600 vagas com carteira assinada, o que representou, sozinha, 25% dos empregos criados naquele mês no Estado. É como se a cada quatro novas vagas de emprego formal gerada em fevereiro no Piauí, uma fosse da construção civil. “Depois de um ano ruim, como 2020, tem melhorado um pouco”, completou Reinaldo.

No geral, O custo nacional da construção, por metro quadrado, ficou 1.338,35 em março, de acordo com o IBGE, sendo R$ 765,07 relativos aos materiais e R$ 573,28 à mão de obra. A parcela dos materiais teve alta de 2,20% e a parcela da mão de obra, com três acordos coletivos observados, apresentou taxa de 0,47%, subindo 0,45 ponto percentual em relação a fevereiro (0,02%).


Via Meio Norte

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