Superintendente do IBAMA do Piauí é feito de refém após criminosos invadirem prédio
Carmo Neto em 28 de abril de 2021
Criminosos armados renderam o superintendente do Ibama no Piauí, San Martin Linhares, e fizeram um arrastão em seu apartamento no início da noite desta terça-feira (27). O superintendente chegava ao condomínio onde mora, na avenida Marechal Castelo Branco, quando foi abordado na garagem do prédio por pelo menos quatro homens armados.
Dois dos suspeitos acompanharam San Martin até o apartamento, onde estava a esposa do superintendente, a advogada Vanessa Tapety, que foi candidata a vice governadora do Piauí nas eleições de 2018. Eles conseguiram levar celulares, jóias, relógios, além de uma quantia de aproximadamente R$ 2 mil em espécie.
“Eu estava chegando em casa e eles entraram no prédio. Estava dentro do carro, no telefone, quando eles abriram a porta e me abordaram dizendo que queriam objetos de valor e mandando subir com eles para o apartamento. Entreguei o dinheiro para eles. Pediram para abrir o cofre e pegaram umas jóias da Vanessa. Também pegaram meu relógio e telefones celulares”, relatou San Martin Linhares.
Ainda de acordo com o superintendente do Ibama, a ação foi rápida e durou aproximadamente cinco minutos. Após deixaram o apartamento, os suspeitos conseguiram deixar o prédio e fugir levando os pertences do casal.
A Polícia Militar foi acionada e esteve no local momentos após o arrastão para coletar informações e iniciar as buscas pelos suspeitos. Um dos celulares roubados no apartamento foi recuperado ainda na noite de ontem e devolvido ao superintendente do Ibama.
De acordo com San Martin Linhares, os policiais acreditam que não se trata de uma ação premeditada. “A Polícia acha que foi aleatoriamente, porque eles tinham roubado um carro antes para fazer essa ação”, destacou.
A advogada Vanessa Tapety está na reta final de uma gestação. Abalada com o episódio, ela dormiu na casa de familiares. “Já aconteceu isso com ela no passado, em 2008. É a segunda vez na vida dela”, relatou San Martin.
O caso deve ser investigado pela Polícia Civil, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
Fonte: Cidade Verde
