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Jovem com facão invade creche e deixa adultas e três crianças mortas em SC

em 04 de maio de 2021

Um jovem de 18 anos armado com um facão invadiu hoje uma creche municipal em Saudades, a 446 km de Florianópolis (SC), e desferiu golpes em crianças e adultos dentro do estabelecimento de ensino, segundo a Polícia Militar. A PM confirmou pelo menos quatro mortes no local, sendo três de crianças. A quinta morte foi de uma pessoa ferida em estado grave, que não resistiu após atendimento médico.

A Polícia Civil informou que duas crianças morreram no local e uma terceira morreu após atendimento médico no hospital em Saudades. Todos são alunos e tinham menos dois anos, confirmou o delegado Jerônimo Marçal.

De acordo com a PM, o atentado aconteceu na CEI (Centro de Educação Infantil) Pró-Infância Aquarela, para crianças de até 3 anos, após o homem entrar e “golpear com arma branca tipo facão” professores e alunos. Saudades tem população de cerca de 9 mil pessoas e fica na região de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.

Ele foi preso na rua após tentar fugir, sendo encaminhado para atendimento médico e estado grave no Hospital Beneficente de Pinhalzinho, cidade vizinha. O rapaz não tem passagem pela polícia.

Fachada da Creche Aquarela, em Saudades (SC), alvo de atentadoImagem: Divulgação/Prefeitura de Saudades (SC)

De acordo com a Polícia Civil, o jovem invadiu a escola por volta das 10h. Ele primeiro atacou uma professora de 30 anos que estava na entrada do prédio. A vítima chegou a correr do suspeito, mas foi alcançada pelo homem e morreu na escola. Após atacá-la, ele teria entrado em uma sala de aula e desferido os golpes nas crianças.

Existiam quatro alunos e uma funcionária da escola na sala. Três crianças morreram, sendo duas ainda no colégio. Outra teve ferimentos leves. Já uma funcionária foi levada para um hospital em Chapecó, mas morreu em seguida.

“Ele começou a atacar a professora, que correu para uma sala onde tinham crianças. Lá nessa sala, ele agrediu outras pessoas”, disse o delegado Jerônimo Marçal, em entrevista à Rádio Vale FM.

“Intenção dele era fazer o maior número de vítimas”

Mais tarde, o delegado Jerônimo Marçal ainda disse que a intenção do suspeito era “fazer uma barbárie”. Existiam 30 crianças dentro da escola.

De acordo com a investigação preliminar, a tragédia não foi maior porque as professoras perceberam o atentado e trancaram as outras salas que tinham aulas no momento.

“Ele teria deixado o local e foi abordado por populares. Neste momento, ele tentou contra a própria vida, mas não conseguiu. (…) O que entendo até o momento é que a intenção dele era fazer a barbárie e o maior número de vítimas possível e tentar suicídio, mas não conseguiu se matar”, acredita o delegado.

A informação preliminar apurada pela investigação aponta que o suspeito chegou em uma bicicleta e não tem problemas mentais aparentes, segundo informações repassadas pela família.

A Polícia Civil já apreendeu um computador usado pelo jovem, que passará por perícia.

Homens pararam ataques, diz prefeito vizinho

Em entrevista à BandNews FM, o prefeito da cidade de Chapecó, João Rodrigues (PSD), afirmou que o jovem é de uma família conhecida da cidade de Saudades e que seu ataque foi interrompido por populares.

“É um jovem de família muito boa, não se sabe se teve um desequilíbio mental. Ele matou duas crianças, matou uma professora e só não foi mais longe porque houve intervenção de um metalúrgico e de um pedreiro, que pegaram o garoto e o interromperam com golpes de barras de ferro”, afirmou João Rodrigues.

“Não se tem confirmação se foi um surto repentino, ou se foi algo desses jovens de internet. O jovem é de uma família conhecida na cidade, pessoas de bem, não é uma família com problemas. A mãe do garoto está com problemas de câncer. E os motivos, ninguém sabe. Ele foi levado para um hospital da cidade de Pinhalzinho. Ele tentou suicídio e foi ferido pelos populares, para pará-lo, porque ele não ia parar seu ataque”, concluiu o prefeito de Chapecó.

O time da Chapecoense, da cidade próxima Chapecó, homenageou as vítimas do ataque:


Fonte: UOL

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