‘Uma nova pandemia já é considerada inevitável’, diz diretora-adjunta da OMS
Administrador em 06 de outubro de 2021
Em entrevista à RFI, a diretora-geral adjunta da Organização Mundial de Saúde, Mariângela Simão, afirmou que a OMS prepara uma “tratado sobre pandemias” e que um novo fenômeno pandêmico é apenas “uma questão de tempo”. Segundo Mariângela Simão, uma nova pandemia é “inevitável” e a questão é “quando ela vai acontecer”.
Simão diz que a OMS terá uma Assembleia Mundial de Saúde em novembro em que será discutida a possibilidade de desenvolver um “tratado para pandemias”. A decisão, segundo ela, ainda não foi aprovada, mas o tema circula entre os países, “não só por reforçar o papel da OMS em uma situação de emergência de interesse público como essa”, mas também porque “cria uma série de formalidades que os países e o setor privado têm que tomar no caso de uma emergência como uma pandemia mundial”, explica.
A OMS JÁ SE PREPARA PARA UMA NOVA PANDEMIA? “VAI TER UMA PRÓXIMA PANDEMIA”, DIZ SIMÃO. “ISSO É UMA COISA QUE A GENTE JÁ SABE E QUE É INEVITÁVEL. É UMA QUESTÃO DE QUANDO VAI ACONTECER”, DIZ.
“Essa pandemia, depois da gripe espanhola, foi a mais impactante e é também uma constatação: acho que o mundo precisa acordar porque a gente vê que não foram apenas os países em desenvolvimento que fora afetados. Afetou o mundo todo, ninguém estava preparado”, considera. “A Assembleia Mundial de Saúde agora em novembro estará discutindo a possibilidade de desenvolver um tratado para pandemias”, conta a diretora-geral adjunta da OMS.
“Mas a OMS faz a ressalva que a vacina deve ser priorizada para adolescentes portadores de comorbidades. No entanto, para a geral da população de adolescentes, a vacina para este grupo deve ser administrada após a cobertura de todos os outros grupos prioritários. Essa é a recomendação para os países que ainda não atingiram uma cobertura mais alta na população de adultos”, diz.
Vacinação intranasal
Em relação à vacina intranasal, incentivada por especialistas pela facilidade de aplicação (que talvez diminuísse algumas resistências) mas também por proteger a porta de entrada do vírus, a diretora é cautelosa na hora de avaliar esse tipo de imunização.
Fonte: Portal G1.com