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Centro nacional de monitoramento faz alerta de risco de inundações e enxurradas no Piauí

em 14 de janeiro de 2022

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu, na tarde desta quinta-feira (13), um novo boletim alertando para o alto risco de eventos geo-hidrológicos, como inundações e enxurradas, em municípios das mesorregiões Centro e Norte do Piauí nas próximas 24 horas.

O comunicado, elaborado por uma equipe multidisciplinar, também é válido para cidades do Leste maranhense. O mapa  leva em consideração os acumulados prévios das últimas chuvas somados às estimativas para os próximos dias, além dos riscos hidrológicos pela elevação do nível dos rios e a propagação da onda de cheia nas bacias dos rios Parnaíba e Itapecuru.

Apesar do último boletim do Sistema de Alerta de Eventos Críticos(Sace), emitido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no começo desta tarde, apontar situação de estabilidade no nível dos rios que integram a Bacia do Rio Parnaíba, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) manteve previsões de chuvas intensas no estado.

De acordo com o Inmet, a maior parte do território piauiense está sob alerta laranja para o perigo de chuvas com até 100 milímetros ao dia, acompanhadas de rajadas de vento que podem alcançar os 100 km/h. No comunicado o órgão ainda cita o risco para queda na rede elétrica, queda de árvores e alagamentos.

Até o momento o Piauí já contabiliza pelo menos 579 famílias desabrigadas em decorrência de alagamentos. A maioria dessas ocorrência se concentram na capital, onde a prefeitura tem monitorado as áreas de maior risco, inclusive para o trânsito de veículo durante as precipitações. A situação é semelhante em cidades do interior, onde a chuva também tem causado a destruição de diversas rodovias.

Foto: arquivo Cidadeverde.com

Vazão inalterada em Boa Esperança

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informou nesta quinta, que o Reservatório de Boa Esperança se encontra com 70,56% de seu volume útil, recebendo média diária de 1.590 metros cúbicos por segundo (m³/s) de água. Hoje, seggundo a companhia, a vazão liberada é de 2.000 m³/s. “A fim de seguir a curva de volume de espera para o período úmido”, afirma a Chesf.

Ainda de acordo com a Companhia, em decorrência das fortes chuvas ocorridas na Bacia do Rio Parnaíba, no final do mês de dezembro de 2021 e início deste mês janeiro de 2022, foi iniciado o vertimento no Reservatório em 28 de dezembro, elevando, gradualmente, as defluências do patamar de 600 m³/s os atuais 2.000 m³/s.

“A Companhia ressalta que, com o objetivo de mitigar possíveis impactos da elevação de vazões, é imprescindível que seja evitada a ocupação de áreas situadas nas planícies de inundação”, diz o comunicado.

A Chesf destaca ainda que a situação hidrológica está sendo permanentemente avaliada, “podendo haver alterações nestes valores, em função da evolução das chuvas e vazões na Bacia do Rio Parnaíba”.


Fonte: Cidade Verde

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