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Polícia prende mais 7 familiares em caso de bebê queimado em ritual

em 21 de março de 2022

Sete pessoas foram presas e apreendidas na manhã desta segunda-feira (21) por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que investiga o caso do bebê Wesley, de 1 ano e 9 meses, que desapareceu em dezembro de 2021.

Na ação foram apreendidos quatro adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, inclusive o suposto profeta, e quatro adultos, todos familiares do bebê. Os menores devem ficar recolhidos por 45 dias, os demais foram levados à DPCA, onde prestaram esclarecimentos.

“O delegado que preside o feito entendeu também que esses menores, que foram internados provisoriamente, bem como outros familiares, se encontravam presentes na residência durante todos os dias em que essa criança foi submetida a esse jejum, então presenciam toda a cena desse crime que perdurou durante alguns dias”, explicou Luccy Keiko, Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí (DPC-PI).

As prisões foram contestadas pela defesa da família, que pretende solicitar ainda hoje a revogação das prisões e ordens de internação dos menores. “Eles em nenhum momento se recusaram a vir à delegacia, a receber a autoridade policial na sua residência. Estão cooperando com as investigações no que podem, portanto ficamos surpresos enquanto defesa porque achamos desnecessário prender para investigar”, argumentou o advogado Smailly Carvalho.

Com a ação policial desta manhã, já chegam a 11 o número de pessoas presas durante a investigação, todas familiares do bebê Wesley. No último dia 22 de fevereiro, a polícia prendeu a mãe, o pai e os avós paternos da criança após apresentarem depoimentos contraditórios. Segundo a DPC-PI, suspeita-se que a família esteja de conluio para esconder a verdade sobre os fatos.

“Sem dúvida nenhuma eles estão todos bem orientados, bem fechados, vamos dizer assim, para tentar se salvar dessa acusação, se livrar melhor falando. Isso não vai nos impedir de avançar nas investigações. É um crime grave, que causou bastante comoção, e vamos investigá-lo a minúcias”, afirmou Luccy Keiko.

Antes das prisões, a família alegava que Wesley havia sido sequestrado em 29 de dezembro de 2021 na Praça da Bandeira, no Centro de Teresina.

Essa ideia, no entanto, foi questionada pelo delegado Matheus Zannata, gerente de Polícia Especializada, que informou em fevereiro que a polícia trabalhava com a hipótese de homicídio com ocultação de cadáver em relação ao caso do bebê de 1 ano e 9 meses.

A família morava em Altos, mas após o desaparecimento da criança se mudou para a cidade de Teresina. A polícia já realizou uma perícia na casa de Altos, para tentar encontrar provas do que pode ter acontecido com a criança, inclusive encontraram várias roupas jogadas em um terreno. Essas roupas foram recolhidas pela perícia.


Fonte: Cidade Verde

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