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Lula e Bolsonaro vão disputar 2º turno da eleição presidencial

em 02 de outubro de 2022

Bolsonaro golpista volte a predominar, não tanto pelo risco de ser bem-sucedido, mas porque o presidente precisa manter galvanizada sua base de apoio para tentar repetir Trump e ocupar a vaga de principal desafiante do novo governo já de saída.

Para Lula, o raciocínio é semelhante: manter a distância já lhe bastará, uma vez que também lida com uma rejeição volumosa, na casa dos 40%. Seu desafio será responder com mais objetividade ao que tem fugido durante toda a campanha: o que de fato irá fazer em termos econômicos e na relação com o Judiciário.

Nesse sentido, o apoio dado por dois antigos algozes do PT em julgamentos como o do mensalão, os ex-ministros do STF Joaquim Barbosa e Celso de Mello, apontam para uma acomodação. Mas aliados lembram que o petista ficou 580 dias na cadeia, e há ressentimentos que podem emergir na forma de conflitos. Um bom teste, caso vença, será a escolha de dois nomes para compor a corte em 2023.

Antes disso, contudo, Lula tem de chegar lá. Seu caminho parecia menos acidentado do que o de Bolsonaro, mas a história política recente do Brasil aconselha prudência antes de vaticínios, como o desempenho do bolsonarismo pelo país neste domingo mostra.

Um carioca desconhecido em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desalojou 27 anos de PSDB no poder do segundo turno contra o PT. No Rio, o bolsonarismo está reeleito na figura de Cláudio Castro (PL), e o filobolsonarista Romeu Zema (Novo) conseguiu o mesmo em Minas, fechando assim o quadro no Sudeste, região mais populosa do país.


Fonte: Folhapress 

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