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Professores de escolas e faculdades particulares do Piauí farão paralisação e ameaçam greve

em 31 de julho de 2023

Professores de escolas particulares e faculdades privadas do Piauí irão paralisar as atividades na próxima sexta-feira (4) e no sábado (5). A categoria reivindica, entre outras coisas, a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2023-2024.

Segundo Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (Sinpro-PI), a paralisação é uma resposta às propostas de acordo apresentadas pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe-PI).

“Nossa data base é maio. Desde março encaminhamos propostas e tentamos negociar com o sindicato patronal, mas até agora não conseguimos chegar a um entendimento porque eles sempre ficam querendo fazer redução de direitos”, afirma Marcelo Amorim, secretário-geral do Sinpro-PI.

De acordo com os professores, os termos dos empresários para a assinatura da CCT são: a retirada da bolsa de estudo de 70% no ensino superior aos trabalhadores, dependentes e cônjuges; reajuste salarial abaixo da inflação, aumento da carga horária para mensalistas sem piso salarial e a não concessão de ticket alimentação aos auxiliares de educação.

“Conseguimos flexibilizar algumas coisas, mas eles procuram sempre reduzir direitos que já temos consagrados. Enquanto eles reajustaram as mensalidades de janeiro em média 10% nas escolas, nunca repassaram para a folha de pagamento, só repassaram a recomposição da inflação para a categoria”, afirma o sindicalista.

Com o movimento, a categoria espera criar um canal de negociação com o Sinepe-PI e chamar a atenção da Justiça para a situação. Caso o impasse prossiga, a categoria não descarta deflagrar uma greve por tempo indeterminado.

“A intenção do movimento de paralisação é nesse sentido, de que possamos entrar com o dissídio na Justiça ele seja aceito. Vamos ver qual vai ser o posicionamento da própria Justiça e na proporção dos próprios acontecimentos vamos fazendo essas diretrizes com o movimento”, concluiu Marcelo Amorim.

Cidadeverde.com não conseguiu contato com a direção do Sinepe-PI, mas o espaço segue em aberto para eventuais esclarecimentos e posicionamentos a respeito das reivindicações apresentadas pelo Sinpro-PI.


Fonte: Cidade Verde

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