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TJ dá liminar mandando que 70% dos professores voltem para a sala de aula

Em greve há 17 dias, professores deixaram mais de 600 escolas sem aula.Professores devem voltar às aulas para começar ano letivo, diz liminar.

em 02 de março de 2016

Determinação de retorno para professores (Foto: Tribunal de Justiça)

TJ determinou retorno ao trabalho (Foto: Tribunal de Justiça)

O desembargador Francisco Antônio Paes Landim, do Tribunal de Justiça do Piauí determinou através de uma liminar na tarde desta terça-feira (02) que 70% dos professores retornem no prazo de 48 horas as suas atividades. Além disso, determinou que a categoria, em greve há 17 dias, não poderá ocupar qualquer prédio público. Se a liminar não for cumprida, uma multa será dada no valor de R$ 100 mil por dia. Apesar da decisão, a greve continua pois não foi declarada ilegal.

Segundo o Procurador Geral do Estado, Plínio Clerton, a liminar também proíbe ação de grevistas para impedir o acesso às escola e às salas de aulas dos professores que pretendem trabalhar. “Qualquer descumprimento a uma dessas ações determinadas pela liminar, vai pagar multa no valor de R$ 100 mil em desfavor do suscitado”, disse.

Na liminar, o desembargador marcou nova audiência para solução consensual do conflito para o dia 14 de março, às 10h30, a ser realizada no Plenário desta Corte, devendo ser expedido mandado de intimação pessoal para as partes, para o chefe do Ministério Público Estadual (Procurador Geral de Justiça) e, pela importância do fato, para o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí, como representante da sociedade civil.

Professores em greve não recebem aumento
O Governo do Estado do Piauí concedeu um reajuste de 11,36% apenas para os professores que estiverem trabalhando, além disso, o governador afirmou que irá cortar o ponto dos grevistas a partir desta quarta-feira (02).

Para a presidente do Sinte, Odeni Silva, essas medidas são inconstitucionais e preconceituosas. “O governo não pode pagar uma parte da categoria. Primeiro porque é inconstitucional e é uma forma de discriminação por parte do governo. Então, o governo está fazendo isso como forma de pressionar a categoria quando deveria na verdade fazer uma negociação pelo cumprimento da lei federal que é a lei do piso e do reajuste dos funcionários”, declarou.

Fonte: G1 PI

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