Estrangeiros querem produzir queijo com leite de jumenta no Nordeste
A ideia é dar uma finalidade ao grande número de jumentos na região, produzir o queijo, do tipo Pule, e vende-lo para europa ao preço de R$ 3 mil o quilo.
Cleiton Jarmes em 12 de setembro de 2016
Um grupo de investidores estrangeiros pretendem produzir, no interior do Rio Grande do Norte, queijo à base de leite de jumenta. A ideia é dar uma finalidade ao grande número de jumentos na região Oeste, produzir o queijo, do tipo Pule, e vende-lo para o mercado europeu ao preço de R$ 3 mil o quilo.
O local escolhido para a criação dos animais foi o município de Felipe Guerra. Uma empresa potiguar comprou uma área de 475 hectares para a instalação do projeto.
Segundo representantes da prefeitura local, os investidores querem que os municípios da região, que já fazem o trabalho de captura dos jumentos, se responsabilizem pela entrega dos bichos.
A partir daí a empresa trata os jumentos e realiza o processo de ordenha e produção do queijo.
O queijo Pule é branco, quebradiço, tem sabor salgado e intenso. O principal motivo de ser tão especial e ter um valor alto é porque as jumentas não produzem muito leite e precisam ser ordenhadas a mão três vezes por dia.
O leite de jumenta tem 1% de gordura e só pode ser bebido fresco, porque muitos de seus nutrientes se perde na fervura. Sua concentração de vitamina C, por exemplo é 60 vezes maior do que a do leite de vaca.
A ideia já foi levada ao Governo do Estado, através do secretário de Agricultura Guilherme Saldanha, que declarou total apoio à abertura da nova atividade econômica.
A utilização dos jumentos para a produção queijo é vista como uma saída para a superpopulação da espécie na região Oeste. Em 2013, o promotor de Justiça Silvio Brito tentou usar a carne do animal como alimento para seres humanos, mas o projeto não foi aceito pela população.
Mossoró Hoje