Preso é estrangulado e corpo jogado em pavilhão de presídio no Piauí; Confira a imagem!
Crime ocorreu durante o banho de sol na manhã desta terça-feira (17). Esta é a segunda morte de detento registrada em menos de uma semana.
Sarah Maia em 17 de janeiro de 2017
Um detento identificado como Rosenberg Silva Costa, de 29 anos, foi estrangulado na manhã desta terça-feira (17) dentro de uma das celas da Casa de Custódia de Teresina e o corpo jogado no pavilhão C da unidade. De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), o crime ocorreu durante o banho de sol dos presos. Essa é a segunda morte de preso registrada em menos de uma semana no estado.
Conforme Kleiton Holanda, diretor do Sinpoljuspi, houve um principio de motim e os agentes tiveram que fazer alguns disparos para dispersar os detentos. De acordo com o diretor, o preso foi morto com o mesmo modus operandi do detento morto na semana passada dentro de uma viatura quando era transferido de Teresina para a Penitenciária Vereda Grande, em Floriano, Sul do estado.
“Acreditamos que ele foi arrastado e morto dentro da cela e depois o corpo jogado no pavilhão. Os presos usaram lençóis para enforcar a vítima. Ele foi morto de forma silenciosa”, relatou Kleiton.
Rosenberg Silva estava preso desde o dia 19 de julho do ano passado e cumpria pena por tráfico de drogas. A gerência da unidade informa que acionou o Instituto de Medicina Legal (IML) e a Delegacia de Homicídios. A Diretoria da Unidade de Administração Penitenciária da Secretaria de Justiça vai abrir sindicância para apurar a morte do detento.
A Casa de Custódia de Teresina é o maior presídio do estado e deveria receber apenas presos provisórios. Atualmente, são quase 1 mil presos custodiados na unidade, quase o tripo da sua capacidade que é para 360 detentos.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários voltou a criticar o sistema carcerário piauiense e chamou atenção para o fato de que a situação possa se agravar.
Segundo Kleiton Holanda, a Secretaria Estadual de Justiça retirou um grupo de intervenção que atuava na Casa de Custódia e convocou militares para prestar serviço no presídio.
“As coisas estão tomando um rumo descontrolado e o estado nega que possa ocorrer um evento de grande proporção. Está havendo uma falha de planejamento. Tiraram agentes e colocaram militares que não entendem como funciona o sistema, que são acostumados a lidar com a segurança preventiva e ostensiva. É um efeito dominó, ou seja, se tira policial da rua, logicamente a tendência é aumentar a violência e a população carcerária”, reclamou Kleiton.
G1