Em dois meses, Greco já prendeu 23 acusados de explosões em caixas eletrônicos no PI
O delegado Riedel Batista disse que as quadrilhas que foram presas até agora fizeram a maior parte das explosões de caixas eletrônicos em Teresina, mas também em Parnaíba, Floriano, Picos e Luís Correia.
Sarah Maia em 18 de janeiro de 2017
O Delegado Geral da Polícia Civil, Riedel Batista, informou que de dezembro à janeiro já foram presas 23 pessoas acusadas de assaltos a bancos, estouros de caixas eletrônicos e roubo de agências bancárias no Piauí.
Segundo ele, entre os presos estão duas mulheres que participam das quadrilhas fazendo contatos e acompanhados os assaltantes nas ações criminosas.
Riedel informou que os presos na noite de terça-feira (17) foram indiciados pelos crimes de associação criminosa armada e que dois deles já tinham mandados de prisão em aberto.
“As duas mulheres, que foram presas, estavam na casa dos assaltantes que foram presos em Parnaíba na semana passada, mas foram liberadas pois não havia provas, porém, agora, comprovamos que elas têm participação nos crimes. O papel delas é acompanhar os assaltantes para levantamento dos locais onde estão os caixas eletrônicos. Normalmente elas formam casais para não levantarem suspeita quando estão preparando um assalto”, falou Riedel.
O delegado disse que as quadrilhas que foram presas até agora fizeram a maior parte das explosões de caixas eletrônicos em Teresina, mas também em Parnaíba, Floriano, Picos e Luís Correia.
“De dezembro à janeiro, foram presos 23 assaltantes envolvidos nos roubos e explosões de caixas eletrônicos”, acrescentou.
Riedel Batista disse que há mais assaltantes identificados e que podem ser presos a qualquer momento. Ele declarou que não há um líder nas quadrilhas que atuam nas explosões. Segundo o delegado, os assaltantes se reúnem para praticar os crimes. “Alguns desses presos já têm autuações em outros crimes como roubo, furto e tráfico de drogas. Eles foram presos em quatro operações realizadas até agora. Os que foram presos na noite de terça-feira estavam com duas pistolas,” declarou o delegado
A Polícia Civil apurou que os bandidos conseguem uma média de R$ 60 mil por cada caixa estourado. Em depoimentos feitos para a polícia, os bandidos contam que gastam o dinheiro em festa e futilidades e que dividem o dinheiro em partes iguais entre os que assaltam. Os criminosos se reúnem a partir dos conhecimentos de crimes de cada um, em bares da cidade.
Nas ações, são usados explosivos desviados ou pólvoras, e até mesmo com explosivos artesanais, feitos com metalon, pólvoras de rojões e com pavio.
A média de idade dos assaltantes é de 30 anos. Os 23 presos não tem ligação cm os grupos de Pernambuco e Ceará, que também promovem os roubos no Estado, e com o assalto de R$ 5 milhões da empresa de segurança ServiSan, que ainda estão sendo procurado pela Polícia Civil.
Meio Norte