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PM é acionada para conter confusão entre motoristas do Uber e taxistas

Tumulto nessa quarta-feira (18) terminou em agressão e carro danificado. Motoristas do Uber alegam ameaçadas por parte de taxistas de Teresina.

em 19 de janeiro de 2017

Foto: Reprodução

A disputa entre motoristas do Uber e taxistas acabou por provocar uma confusão na noite de quarta-feira (18), em frente a um shopping na Zona Norte de Teresina. Policiais da Força Tática do 1º Batalhão da Polícia Militar foram acionados para conter o tumulto, que terminou em agressão e um carro danificado.

Segundo o presidente do Sindicatos dos Taxistas, Pedro Ferreira, a confusão começou quando oito a 12 pessoas tentaram agredir um taxista, que estava no ponto em frente ao shopping, e este pediu ajuda via rádio para as cooperativas. O próprio representante da classe contou ter ido até o local, onde um motorista do Uber alegava que uma pessoa o agrediu e danificou o seu carro.

Pedro Ferreira, presidente da associação dos taxistas (Foto: João Cunha/G1)

“Eu perguntei ao motorista do Uber quem teria o agredido e ele não conseguiu identificar a pessoa. Se fosse algum taxista, certamente eu teria pedido a sua demissão, pois não apoio este tipo de atitude. A obrigação de notificar e apreender os condutores do aplicativo é da Strans”, declarou Pedro Ferreira.

O Uber é um serviço semelhante ao de táxi, acionado por meio de um aplicativo para celulares, com preços bem abaixo dos praticados pelo mercado de transportes individuais, regulamentados e taxados pelo Poder Público municipal.

Para o advogado do Uber, Eduardo Sidó, os motoristas do aplicativo têm sofrido ameaças constantes por parte dos taxistas. Ele disse que registrou boletim de ocorrência e tem cuidado da representação da categoria.

O motorista do Uber João Francisco confirmou as constantes ameaças sofridas pelos taxistas em Teresina. De acordo com ele, os profissionais criaram uma lista dos condutores do aplicativo para denunciar na Strans.

“Eles entram no sistema para pegar informações do carro, às vezes pedem o transporte para ficar ameaçando a gente. Durante a corrida, se os taxistas percebem que o carro é do Uber anotam e denunciam”, relatou.

Outro motorista do Uber, Jean Rodrigues revelou que a classe vem se sentindo coagida pelos taxistas e fica impossibilitado de prestar serviço à sociedade por causa disso. “Essa quarta-feira foi um dia turbulento, por causa dos chamados constantes no grupo de taxistas. Ontem ainda uma motorista do Uber foi perseguida por um taxista em alta velocidade, com risco de até provocar uma acidente”, comentou.

A comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, coronel Elza Rodrigues, informou que não teve condução para o distrito e que os envolvidos se entenderam no local. Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS) alegou que o serviço configura transporte clandestino de passageiros e por isso intensificou a fiscalização de todos os automóveis do aplicativo.

G1 Piauí

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