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Polícia acredita que atropelamento de sargento em Altos tenha sido forjado

PM teve a arma roubada e morreu atropelado quando fazia caminhada. Delegado diz que suspeito voltou ao local para deixar a pochete e celular.

em 29 de março de 2017

Delegado Luccy Keiko está acompanhando as investigações (Foto: Catarina Costa/G1)

A polícia vai investigar se o atropelamento que resultou na morte do sargento Carlos Alberto Inácio de Abreu foi forjado, pois durante depoimento, um dos suspeitos contou que voltou ao local do assalto para deixar a pochete e o celular da vítima. O militar  foi atropelado por bandidos que tentaram roubar a sua arma enquanto ele fazia caminhada na noite da terça-feira (28) em Altos, a 37 km de Teresina. A informação é do delegado da Gerência Metropolitana, Luccy Keiko.

Carlos Alberto chegou a ser socorrido e levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) onde foi submetido a uma cirurgia. No entanto, o sargento não resistiu e faleceu na madrugada desta quarta-feira (29).

O delegado contou ainda que três criminosos em duas motocicletas participaram da ação. Segundo ele, após anunciarem o assalto, um dos envolvidos ficou ferido após cair da moto e procurou socorro no hospital de Altos. A polícia, no entanto, ainda não sabe se houve reação por parte do PM.

“Depois que os militares encontraram o sargento Carlos Alberto iniciaram as diligências para encontrar os envolvidos no acidente, já que as circunstâncias levavam a crer que o policial tinha sido vítima de acidente de trânsito, mas logo após as primeiras buscas um dos suspeito foi encontrado lesionado no hospital, deu detalhes do que tinha acontecido e entregou os nomes dos envolvidos”, afirmou.

De acordo com Luccy keiko, um segundo criminosos retornou ao local da ocorrência para deixar a bolsa em que estava a arma do militar e o celular. “Os militares que encontraram o sargento ligaram várias vezes para celular dele e só dava desligado. Horas depois, os militares retornaram ao local e encontraram a pochete e celular do militar. Isso é muito estranho e por isso acreditamos que o objetivo deles era roubar a arma do policial e forjaram um acidente para desviar as investigações”, declarou o delegado.

“Concluímos que houve latrocínio. Os criminosos tentaram forjar o acidente, mas pela circunstâncias da diligência entendemos que era um assalto para roubar a arma do policial. Só vamos investigar se os criminosos já  vinham acompanhando a rotina dele”, finalizou.

Terceira morte de policial
Este é  o terceiro policial morto somente neste mês. A morte do sargento aconteceu uma semana após o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar em Teresina, major Mayron Moura Soares, ser assassinado ao esperar pela filha em um ponto de ônibus, no bairro Todos os Santos, Zona Sudeste de Teresina.

Três pessoas foram presas, sendo uma mulher autuada por favorecimento pessoal ao esconder a arma utilizada no crime e o celular da vítima. No dia 7 de março, de acordo com a Polícia Civil,o cabo Valdir Mendonça do Vale, de 43 anos, teria presenciado um assalto e perseguiu os assaltantes. Ao chegar na Avenida Jóquei Clube atirou na perna de um dos suspeitos, mas foi atingido por dois tiros e morreu a caminho do hospital.

G1 PI

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