Prefeitos do Sul do Piauí vão cobrar em Brasília solução para BR 135
A BR 135 se transformou num verdadeiro drama, concentrando a maioria das mortes em rodovias que cortam o Piauí e também quebrando o ritmo de crescimento da região sul.
Sarah Maia em 18 de abril de 2017
Os prefeitos do Sul do Piauí vão cobrar, em Brasília, uma solução urgente para a situação da BR 135, que tem importância crucial para o transporte no Estado. A BR 135 se transformou num verdadeiro drama, concentrando a maioria das mortes em rodovias que cortam o Piauí e também quebrando o ritmo de crescimento da região sul.
A movimentação por uma solução para a rodovia começou com a Associação dos Prefeitos do Extremo Sul do Piauí (Ames), que no mês passado decidiu agir de forma ordenada e coletiva. Ao invés de pedidos isolados desse ou daquele prefeito junto a determinado congressista, está se desenhando uma ação conjunta. E ela se materializará de forma mais consistente durante da Marcha dos Prefeitos, que está marcada para os dias 15 a 17 de maio.
Os prefeitos piauienses vão ter um encontro com a bancada do Estado no Congresso. Querem que os deputados e senadores – todos eles – se comprometam com a busca de uma solução para o problema. E querem fazer isso com dados de todo tipo e vozes as mais diversas, defendendo a necessidade de alargamento da rodovia.
Por isso mesmo, o movimento que era setorial conta com o apoio institucional da APPM. E no encontro com os congressistas estarão representantes de órgãos como o DNIT – que tem projeto de duplicação mas não tem dinheiro alocado. Ou do superintendente da Polícia Rodoviária Federal, que pode ressaltar o drama da BR em número de acidentes e de mortes – mais der 80% dos óbitos em rodovias federais que cortam o Piauí.
Também estarão em Brasília representantes dos produtores dos cerrados, que poderão falar dos problemas de infraestrutura – que não se resumem à BR 135, mas em que ela é parte significativa. A 135 foi construída numa época que o sul do Piauí não conhecia nem soja nem os caminhões gigantes que a transportam. Precisa ser repensada.
Hoje, a BR 135 é estreita, quase não tem acostamento e, quando tem, há desnível de até 35 centímetros em relação ao leito da pista. Isto é: o acostamento vira arapuca; um convite ao desastre Daí, a proposta que vai ser apresentada aos congressistas é a de alargamento da rodovia.
Os prefeitos vão dizer: tem projeto; falta grana. E aí está o papel da bancada: pensar conjuntamente, agir coletivamente, assegurar recursos orçamentários da União e garantir a concretização de uma obra que será de grande valia para os piauienses. Inclusive os piauienses do Norte, que têm na BR 135 um canal de ligação com a parte sul do estado e com o centro-sul do país.
Cidade Verde