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Alunas passam mal ao tomar remédio controlado oferecido por colega em escola no Piauí

Cinco meninas passaram mal na escola. Mãe de uma estudante afirma que diretor foi negligente, mas gestor nega e diz que deu toda a assistência.

em 24 de maio de 2017

Cinco estudantes tomam remedio controlado no Piauí (Foto: Samantha Araújo/ G1)

Pelo menos cinco estudantes da Escola Municipal Professora Maria do Socorro Pereira da Silva, localizada no Bairro Esplanada, na Zona Sul de Teresina, passaram mal nesta quarta-feira (24) após tomarem, sem orientação médica, comprimidos do medicamento Rivotril, indicado para tratar transtornos de ansiedade e de humor, além de crises epilépticas.

O remédio teria disso levado por uma adolescente de 14 anos, que teria oferecido para as outras amigas de 11 e 12 anos. Umas das alunas que tomou o medicamento e chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), relatou ao G1 o que estava com dor de cabeça e recebeu a metade de um comprimido da colega.

“Eu e minhas colegas estávamos com dor de cabeça, então minha amiga de 14 anos disse que tinha um remédio e nos ofereceu um comprimido para cada uma. Inclusive, ela também tomou. Depois de algum tempo, a menina revelou que se tratava de remédio controlado, mas que todas iriam ficar bem”, revelou.

Cinco estudantes tomam remédio controlado no Piauí (Foto: Samantha Araújo/ G1)

Depois de algum tempo, as estudantes começaram a sentir tonturas e dores nas pernas. “A monitora percebeu que não estávamos bem e nos encaminhou para a diretoria. Lá fomos questionadas do que tinha acontecido e eu por medo não falei nada. Ao analisar as imagens o diretor percebeu o que acontece”, contou.

Para o G1, a mãe da estudante disse acusou a escola de negligência e agora busca justiça. Sem querer se identificar, a mulher disse que só foi avisada muitas horas depois. “Somente ao meio dia que fui avisada pela escola do acontecido. Quando eu cheguei, encontrei minha filha tomando leite. Me informei sobre o corrido e depois levei minha filha a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ela já está bem, mas os médicos disseram que se a dose fosse maior, minha filha poderia ter morrido. Só quero que os errados sejam punidos e a justiça seja feita”, contou.

Afonso Flávio Borges, diretor da escola, contou que a escola fez o que era necessário e que não existiu negligência. “Desde o momento que descobrimos o ocorrido, nós procuramos ajudar as alunas. Avisamos aos pais e só não acionamos o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) porque vimos que não havia necessidade. A escola deu todo o suporte necessário”, afirmou.

Ainda de acordo com o diretor, a unidade educacional vai convidar os pais e alunos para participarem de palestras educativas. “Pretendemos estreitar o relacionamento da escola com as famílias dos alunos paras evitar outros casos. O que sabemos é que a estudante teria pegado o remédio de um vizinho e levou para a escola. Queremos que as famílias fiquem mais atentas sobre o que os estudantes estão trazendo para a sala de aula”, finalizou.

As cinco meninas que ingeriram o remédio já estão fora de perigo e estão em casa sob observação familiar.

Cinco estudantes tomam remedio controlado no Piauí (Foto: Samantha Araújo/ G1)

G1 PI

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