700 mulheres recebem diagnóstico de câncer de mama por ano no Piauí
As informações foram repassadas pelo oncologista Cláudio Rocha, nesta terça-feira (30) durante audiência pública que tratou sobre a liberação, pelo SUS, de medicamentos para tratamento de mulheres em estágio avançado da doença no país.
Sarah Maia em 30 de maio de 2017
No Piauí, 600 a 700 mulheres recebem o diagnóstico de câncer de mama por ano. Ainda não há dados confirmados sobre o número de óbitos ocasionados pela doença no Estado, mas no Brasil são mais de 60 mil casos diagnosticados, que acarretam cerca de 15 mil mortes por ano.
As informações foram repassadas pelo oncologista Cláudio Rocha, nesta terça-feira (30) durante audiência pública que tratou sobre a liberação, pelo SUS, de medicamentos para tratamento de mulheres em estágio avançado da doença no país.
Cláudio Rocha frisou sobre a importância dos mecanismos de prevenção e do tratamento precoce ao câncer que são de fundamentais no processo de cura. “Quanto mais cedo é descoberto, em estágio inicial, maior chance de cura”, destacou.
A audiência acontece na Assembleia Legislativa do Piauí e foi proposta pelo presidente da Alepi, Themístocles Filho (PMDB).
Maior em tumores avançados
O presidente da Fundação Maria Carvalho dos Santos, mastologista Luís Ayrton, destacou que o câncer de mama é uma “doença ascendente” no Brasil e que há uma subnotificação de casos. Ele disse também que o Piauí é o Estado com o maior número de tumores avançados.
De acordo com ele, a falta de um tratamento adequado que seja disponibilizado pelo SUS faz com que os índices aumentem no país. “Ninguém tem câncer sozinho e ninguém cura câncer sozinho. […] É preciso que o Estado também disponibilize um tratamento adequado aos pacientes, por isso a importância de discutir a incorporação de certas medicações para o tratamento do câncer pelo SUS”, ressaltou.
Ele disse ainda que o objetivo da audiência é discutir o acesso e tratamento do câncer de mama no Piauí e a necessidade de medicamentos serem integrados através do SUS neste tratamento.
“Se pacientes metastáticas, por exemplo, tiverem a oportunidade de ter um tratamento adequado, o número de mortes pode diminuir. Só que a tabela do SUS é irrisória para o tratamento do câncer no país. Se essas pessoas conseguissem tratamento pelo SUS, os índices de óbitos diminuiriam”, afirmou.
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