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45 esqueletos e mais de 100 mil peças arqueológicas são encontrados em obra no Maranhão

em 08 de janeiro de 2024

Foto: Reprodução / Wlage Arqueologia

O empreendimento do Minha Casa Minha Vida não chegou a ser paralisado e a construção avançou em paralelo ao processo de escavação dos materiais. O local abrigará quatro condomínios que, somados, terão cerca de 1.600 unidades integrantes do programa federal.

De acordo com Pearce, como a existência de peças arqueológicas na região já era prevista, desde o início foram adotadas medidas para fazer o salvamento do sítio. Além da contratação da empresa especializada para fazer as escavações das peças, a empresa também forneceu equipamentos como salas climatizadas e caixotes sob medida para os achados mais sensíveis.

O Iphan foi procurado para esclarecimentos quanto aos achados e ao processo de licenciamento da obra, mas o órgão não respondeu até a publicação desta reportagem.

De acordo com a companhia, a MRV construirá, em parceria com o Iphan, um centro de curadoria na UFMA (Universidade Federal do Maranhão) para abrigar os materiais encontrados.

Segundo a empresa, o centro será coordenado pela equipe de arqueologia da universidade, responsável pela curadoria e acondicionamento dos achados do Sítio Chácara Rosane.

“Ao todo, a MRV estima investir por volta de R$ 1 milhão na preservação dos achados, incluindo os custos dos serviços de arqueologia e resgate, o endosso institucional [valor de contratação de instituição habilitada a receber itens de patrimônio arqueológico] e a construção do Centro de Curadoria e Guarda”, afirma a gestora regional da construtora.

Fonte: Jéssica Maes / Folhapress