A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) faz um levantamento inédito através da sua DRT (Diretoria de Registro e Transferências) e divulgou nesta terça-feira alguns “números que ajudam a entender as atividades do a realidade do futebol brasileiro”, segundo a própria entidade.
Os dados deste documento foram divididos em três partes: registro, transferências e salários. Neste último quesito, os valores registrados nos contratos de trabalho dos atletas que atuam no futebol brasileiro mostram a disparidade do esporte por aqui.
Segundo o relatório, mais de 80% dos jogadores recebem até R$ 1 mil de salário, enquanto outros 13% recebem seus vencimentos dentro da faixa salarial de R$ 1 mil a R$ 5 mil. Sem citar nomes, o levantamento mostra que apenas um atleta em todo território nacional foi registrado com o salário acima de R$ 500 mil.
Em 2016, o valor do salário mínimo no País foi reajustado para R$ 880,00.
Vale sempre lembrar que esses valores são os que constam no contrato de trabalho. É bastante comum no Brasil os clubes dividirem o salário do jogador em um montante na carteira assinada e outro por fora de direitos de imagem – e nesse último é onde entra a maior parte do valor em muitos casos, principalmente de atletas mais badalados e caros.
Confira os números:
Salários de até R$ 1 mil – 23.238 jogadores – equivalente a 82,40% do total
Salários entre R$ 1 mil e R$ 5 mil – 3.859 jogadores – equivalente a 13,68% do total
Salários entre R$ 5 mil e R$ 10 mil – 381 jogadores – equivalente a 1,35% do total
Salários entre R$ 10 mil e R$ 50 mil – 499 jogadores – equivalente a 1,77% do total
Salários entre R$ 50 mil e R$ 100 mil – 112 jogadores – equivalente a 0,40% do total
Salários entre R$ 100 mil e R$ 200 mil – 78 jogadores – equivalente a 0,28% do total
Salários entre R$ 200 mil e R$ 500 mil – 35 jogadores – equivalente a 0,12% do total
Salário acima de R$ 500 mil – 1 jogador – equivalente a 0% do total
Fonte: IG