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483 pessoas foram demitidas no comércio picoense este ano

O quantitativo registrado neste período é inferior a 2016, que atingiu o índice de 486 demissões.

em 19 de junho de 2017

A crise econômica que atinge todo o país, reduzindo o poder de compra do consumidor tem como reflexo: demissões no mercado de trabalho, algumas realizadas em massa pelas empresas. No comércio de Picos, a situação não é diferente, de janeiro até a segunda semana de junho de 2017, 483 funcionários foram demitidos do setor.

O quantitativo registrado neste período é inferior a 2016, que atingiu o índice de 486 demissões.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Servidores de Picos (SINTRCS), Marcos Holanda, ressaltou que a fonte geradora de empregos no município é o comércio. Segundo ele, apesar do índice permanecer equilibrado comparado ao ano anterior, o mesmo é elevado para a capacidade econômica da cidade.

“Devido à crise imaginávamos que a quantidade de funcionários demitidos seria ainda maior, mas felizmente os números se mantiveram equilibrados. Mas, para uma cidade na proporção de Picos, o número é elevado, muitas pessoas desempregadas, haja vista que a crise atinge quase todos os setores lojista, atacadista e o varejista”, enfatizou o presidente.

Vendas no comércio reduziram em até 35%

A crise não só pegou de cheio os funcionários que foram demitidos, mas os próprios empresários que assistem a redução da receita, acarretada pela diminuição nas vendas. A estimativa segundo o Sindicato do Comércio de Picos é que elas reduziram em até 35%.

O número é preocupante e não é para menos, resultado do comparativo do mês de maio de 2016 e 2017, onde as datas comemorativas que impulsionam as compras não foram suficientes para alavancar as vendas.

O membro do Sindicato do Comércio e Patronal de Picos, também empresário do setor atacadista e varejista no segmento alimentício, Mário Monteiro, explicou que as famílias estão reduzindo as compras, até mesmo nos supermercados.

“A dona de casa passou a fazer cortes até mesmo nas compras de alimentos e passou a adquirir produtos mais baratos. Além disso, com a crise as pessoas deixaram de comprar nos grandes centros e passaram a movimentar o comércio no lugar onde vivem”, disse o empresário.

Diante da crise, o otimismo é também um fator que a acompanha. Em Picos, a expectativa de crescimento da economia nasce com novos empreendimentos que foram inaugurados e outros que ainda estão por virem, como os shoppings.

FolhaAtual

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