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Após 35 mortes em seis meses, prefeitos cobram ao DNIT soluções para BR-135 no Sul do Piauí

Com o registro de 35 mortes nos últimos seis meses na BR-135, Sul do Piauí, prefeitos de cidades cortadas pela rodovia cobraram melhorias ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

em 20 de junho de 2017

Com o registro de 35 mortes nos últimos seis meses na BR-135, Sul do Piauí, prefeitos de cidades cortadas pela rodovia cobraram melhorias ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Durante reunião nessa segunda-feira (19), eles exigiram soluções rápidas e informações sobre o projeto de alargamento dos 350 km de estrada.

“Os acidentes são um atrás do outro. Essas ocorrências que aparecem na mídia são os que têm repercussão, os que não têm ficam por lá mesmo, porque não dá para trazer todos os problemas para Teresina. A nossa preocupação hoje é imensa”, comentou o prefeito de Monte Alegre do Piauí, David Nelson.

O superintendente regional do DNIT, Paulo de Tarso Cronemberg, explicou que existe um projeto executivo de alargamento da BR e que já foi aprovado, mas não há recursos garantidos. O valor da obra seria de R$ 350 milhões, que somente por meio de emenda de bancada poderia ser destinado ao estado.

“O caso da BR-135 é à parte, porque ela é uma rodovia padrão estadual e que foi federalizada, mas não teve um investimento voltando para a transformação dessa plataforma. Ao longo do tempo foi possível fazer um projeto executivo para ampliação da estrada, que ficou pronto em dezembro de 2017. A solução ideal seria viabilizar recursos para executar este projeto”, declarou o representante do DNIT.

Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de janeiro a junho deste ano foram registrados 45 acidentes, que resultou em 35 mortes. A última ocorrência com vítimas ocorreu no sábado (17), quando um ônibus de turismo capotou e deixou nove mortos e 18 feridos.

Em estudo recente, a PRF comprovou que as péssimas condições de segurança da rodovia são alguns dos agravantes para o número elevado de acidentes na região. Em alguns pontos, o desnível entre a pista e o acostamento chega a 30 centímetros, além de 18 km sem vias duplicadas, falta acostamento e largura da pista fora do padrão de rodovia federal.

O engenheiro José Mendes Moura conhece bem a rodovia no Sul do Piauí e diz que além do alargamento, a BR precisa de outras mudanças. “Lá também tem algumas curvas que precisam ser melhoradas. As curvas horizontais coincidem com início de uma curva vertical”, comentou.

Enquanto não há garantia da obra, os prefeitos cortados pela rodovia pretendem se mobilizar em busca de recursos para obra. “Nós queremos aqui pedir a nossa bancada federal esta atenção, seja de curto, médio ou longo prazo. Tem que fazer algo de imediato. Nós sabemos que os recursos são poucos, mas precisamos começar e através de etapas fazer o que deve ser feito”, comentou o prefeito de Redenção do Gurguéia, Ângelo José.

G1/Piauí

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