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Atlas da Violência: número de assassinatos de mulheres cresce 65% em cinco anos no Piauí

O estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) abrange os anos de 2005 a 2015 e foi divulgado nesta segunda-feira (5). Nos últimos cinco anos avaliados, o crescimento das mortes no estado foi de 65,6%.

em 06 de junho de 2017

Apesar de registrar a primeira redução na taxa de homicídios nos últimos oito anos no Piauí, o Atlas da Violência revelou crescimento nos assassinatos de mulheres no estado. O estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) abrange os anos de 2005 a 2015 e foi divulgado nesta segunda-feira (5). Nos últimos cinco anos avaliados, o crescimento das mortes no estado foi de 65,6%.

Veja o estudo na íntegra

O Piauí foi um dos 10 estados que apresentou aumento no número de homicídios de mulheres no último ano de estudo do Atlas da Violência. Eram 40 casos em 2005, que cresceram para 63 em 2014 e 67 no ano seguinte. A taxa subiu de 3,8 para 4,1 assassinatos de mulheres por 100 mil habitantes do estado – a média nacional é 4,5.

Os dados representam um crescimento de 7,4% nos casos entre 2014 e 2015 no Piauí, enquanto no Brasil houve queda de 5,1%. O valor valor que chega a 65,6% se levado em conta o período de 2010 a 2015, contra 1,5% de redução na média nacional.

Mesmo com o crescimento, a taxa de homicídios de mulheres do Piauí, em 2015, era a quarta menor do país, atrás somente de São Paulo (2,4 mortes por 100 mil habitantes), Santa Catarina (2,8) e Distrito Federal (3,8). A taxa mais elevada foi registrado em Roraima (11,4).

O crescimento nos casos é ainda maior quando o estudo analisa somente as mortes de mulheres negras. O Piauí registrava em 2005 uma taxa de 2,4 assassinatos para cada 100 mil mulheres, e oscilou neste patamar até 2012. O número chegou a 4,4 em 2015, uma alta de 7% em relação ao ano anterior. No acumulado de 2010 a 2015, a variação foi de 90,6% – a maior do país.

O Atlas da Violência ressalta que não é possível concluir que todos os casos de homicídios de mulheres registrados no estudo sejam feminicídios (motivados por gênero), pois a base de dados analisada não oferece tal informação.

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