Com aumento da temperatura, crescem casos de queimaduras de potó no Piauí
Administrador em 21 de junho de 2018
Com o fim do período chuvoso e a chegada do calor, começam a surgir aqueles bichinhos que parecem com uma formiga. Os insetos costumam deixar marcas na pele, que são parecidas com queimaduras, além do incomodar bastante. Cidades quentes são o lugar ideal para reprodução do potó.
De acordo com o biólogo Paulo Sobrinho, o potó voa e é atraído pela cor branca, como as lâmpadas, por exemplo. Ele explica que as pessoas que são queimadas pelo potó costumam dizer que foram ‘mijadas’, mas na verdade, o inseto libera uma substância tóxica que causa a irritação na epiderme.
“Eles costumam se alimentar de detritos orgânicos. Podem ser simplesmente as folhas do jardim, mas podem ser em locais onde a gente deixa um entulho, que é aonde vai acumulando material orgânico, resto de folhas, que alguém vai jogando restos de alimentos, como frutas, por exemplo. Então, esse tipo de material orgânico é o alimento dele”, explicou o biólogo.
“Esses insetos têm um líquido corporal naturalmente, mas o que eliminam é uma substância tóxica chamada pederina, que é um nome técnico. Então, ao ser pressionado, por exemplo, na dobra do braço, das axilas, ele acaba liberando essa substância que tem esse poderoso efeito, que chamamos de queimadura. É uma espécie de queimadura química realmente na nossa pele”, informou Paulo Sobrinho.
A dona Maria das Graças não deixa mentir, ela contou que foi vítima da toxina do inseto enquanto dormia e que só sentiu o incômodo no dia seguinte. “Amanheceu o dia ardendo e eu ainda pensei que fosse a alça do sutiã que estava apertando, depois vi que tinha sido o potó. Ainda duvidei por que nunca tinha sido mijada pelo potó”, disse a cozinheira.
O dermatologista deu dicas do que fazer depois da ação do inseto. “Pode lavar com água, com um sabonete neutro e evitar creme dental ou álcool, que isso acaba irritando mais. O ideal é procurar um profissional da saúde pra ver qual o melhor creme anti-inflamatório, às vezes também produtos cicatrizantes para ser usado de acordo com o caso”, informou o dermatologista Thales Bastos.
G1 PI