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Emprego no Piauí aumenta 9,1% e dá vagas para 17 mil empregados

em 04 de dezembro de 2018

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) para a taxa de desocupação (desemprego) para o Brasil e para Piauí no terceiro trimestre, encerrado no final de setembro, que ficou em 11,7%, apontando uma redução em relação ao trimestre anterior, encerrado em julho, que havia registrado 12,3%.

Apesar da diminuição na taxa de desocupação, o Brasil possui ainda 12,4 milhões de pessoas em busca de trabalho.

No Piauí, analisando-se dados do terceiro trimestre, encerrado em setembro, também foi percebido um recuo na taxa de desocupação, que passou de 13,3% no segundo trimestre de 2018 para 12,3% no terceiro trimestre. Assim, essa redução entre os dois trimestres significa que 11 mil piauienses deixaram de estar desocupados. Contudo, permanece ainda um contingente de 177 mil piauienses sem encontrar trabalho.

Em termos de região Nordeste, a menor taxa foi a registrada no Ceará, com 10,6%. Por sua vez, a maior taxa de desocupação no Brasil foi registrada no Amapá, com 18,3%, enquanto a menor foi registrada em Santa Catarina, com 6,2%.

Aumento do emprego no Piauí se caracterizou pela precariedade (trabalho no setor privado sem carteira assinada), bem como pela informalidade do trabalho por conta própria

Os setores de serviços e da agropecuária foram os que apresentaram maior crescimento na ocupação no 3o. trimestre de 2018

Piauí é o estado com a maior taxa de subocupação do Brasil

Importante parcela dos piauienses estão desistindo de buscar trabalho – taxa de desalento no Piauí é de 64,9%, superior à média registrada para o Brasil. No terceiro trimestre de 2018 houve um aumento da ocupação (emprego) no Piauí com destaque para:

– Emprego no setor privado da economia, sem carteira assinada, que cresceu 9,1%, gerando 17 mil novos postos de trabalho.

– No setor da economia representado pelas pessoas que trabalham por conta própria, registrou-se uma elevação de 6,3%, com cerca de 24 mil pessoas passando a obter uma renda através da oferta de seus serviços no mercado. Entretanto a maioria dessas pessoas, cerca de 92%, encontrou ocupação na informalidade, sem registro de seu trabalho no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

– Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e silvicultura: crescimento de 14,6%, com cerca de 32 mil pessoas passando a se ocupar nessas atividades;

– Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: apresentou uma elevação de 5,1%, com o incremento de 13 mil novas ocupações;

– Serviços de transporte, armazenagem e correio: cresceu 33,0%, apresentando uma geração de 11 mil novas ocupações.

 (Crédito: Reprodução)
(Crédito: Reprodução)

população do estado do Piauí, estimada para o terceiro trimestre de 2018, é de 3.227.000 pessoas. Contudo, apenas cerca de 2.566.000 pessoas estão legalmente aptas a trabalhar, que são aquelas a partir de 14 anos de idade. Assim, cerca de 79,5% da população do estado teriam condições legais de participar do mercado de trabalho.

A mão de obra é formada por trabalhadores que estão disponíveis no mercado de trabalho para exercer uma ocupação que lhe gere um rendimento para sua subsistência. Essa ocupação pode ser como empregado no setor público ou no setor privado da economia (com ou sem carteira assinada), como empregador (com ou sem registro no CNPJ), por conta própria (com ou sem registro no CNPJ), ou ainda como trabalhador familiar auxiliar.

Assim, no Piauí, no terceiro trimestre de 2018, a “força de trabalho” era composta de cerca de 1.436.000 pessoas (56% da população em idade de trabalhar).

Costumeiramente se utilizam os termos “empregados” e “desempregados”, para tratar, respectivamente, das pessoas que estão trabalhando ou não. Contudo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) utiliza tecnicamente os termos “ocupados” e “desocupados”, haja vista terem conceitualmente uma conotação mais ampla para tratar do mercado de trabalho, pois para a pessoa obter uma renda ela não necessita estar apenas “empregada” perante uma outra pessoa ou uma empresa, podendo, inclusive, obter uma renda trabalhando na qualidade de “empregador” ou mesmo “por conta própria”. Assim, as pessoas tecnicamente “ocupadas” (coloquialmente chamadas de “empregadas”), são aquelas que estão no mercado de trabalho exercendo uma atividade remunerada.

No Piauí, no terceiro trimestre de 2018, havia cerca de 1.259.000 pessoas que estavam efetivamente ocupadas em uma atividade econômica que lhes permitia obter uma renda para sua subsistência. Por sua vez, o número de pessoas desocupadas no Piauí (coloquialmente “desempregadas”), que não estavam encontrando oportunidade de ocupação, era de 177.000 pessoas, o que equivale dizer que a taxa de desocupação (“desemprego”) foi de 12,3%. A menor taxa no país é a de Santa Catarina, com 6,2%.

É importante ressaltar que algumas pessoas encontram efetivamente ocupação que lhes permita ocupar horas suficientes (pelo menos 40 horas semanais), onde no Piauí eram eram cerca de 1.007.000 pessoas, ou seja, aproximadamente 80% das pessoas que estavam ocupadas (“empregadas”).

Contudo, as pessoas que estavam ocupadas por menos de 40 horas semanais, mas desejariam preencher o restante do tempo com uma nova ocupação que lhe disponibilizasse um consequente aumento da renda, são denominadas como “subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas”, e representavam cerca de 252.000 pessoas (20% do total de pessoas ocupadas).

Estão “fora da força de trabalho” aquelas pessoas que, por algum motivo, não foram ao mercado buscar uma ocupação remunerada. No Piauí, no terceiro trimestre de 2018, eram cerca de 1.130.000 pessoas, ou cerca de 44% das pessoas em idade de trabalhar.

Contudo, neste conceito podemos ter duas subdivisões:

a) aquelas pessoas que estão efetivamente “fora da força de trabalho”, por motivo de estudos, doença e aposentadoria;

b) aquelas que estão na “força de trabalho potencial”:

b.1) aquelas que realizaram busca efetiva por trabalho, mas que por algum motivo não se encontravam disponíveis para trabalhar na semana de referência;

b.2) aquelas que não haviam realizado busca efetiva por trabalho, mas gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência.

No Piauí haviam aproximadamente 241.000 pessoas na “força potencial de trabalho”, o que representa cerca de 21% das “pessoas fora da força de trabalho”.

Para uma compreensão melhor do mercado de trabalho, seguindo metodologias internacionais estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a PNAD Contínua vem apresentando além da taxa de desocupação (“desemprego”), alguns conceitos de “subocupação”.

Assim, a “população subutilizada total” engloba as pessoas “desocupadas”, “subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas” e aquelas da “força de trabalho potencial”, o que em termos de números para o Piauí, no segundo trimestre de 2018, representava um total de 670.000 pessoas. O gráfico abaixo aponta o Piauí com a maior taxa composta de subocupação do Brasil, de 39,9%, seguido dos estados do Maranhão e Bahia. A menor taxa é a de Santa Catarina, com 11,2%.

No quadro do fluxograma do mercado de trabalho no Piauí, visualizamos que os “desalentados” são “pessoas que estão fora da força de trabalho”, mas dentro da “força potencial de trabalho”, pois gostariam de estar trabalhando. Em termos de conceito, as pessoas “desalentadas” são aquelas que desistiram de procurar trabalho, mas que gostariam efetivamente de trabalhar.

Essa desistência na busca de trabalho seria pelos seguintes motivos:

– não consegue um trabalho adequado dentre os disponíveis no mercado

– não tem experiência ou qualificação para os trabalhos oferecidos na sua localidade

– acredita que não conseguirá trabalho por ser muito novo ou ser muito idoso

– não havia qualquer oportunidade de trabalho na localidade

Em termos de população “desalentada” o Piauí apresenta um percentual de 64,9% de pessoas que estão na força potencial de trabalho, mas que desistiram da busca de uma ocupação. A média do desalento no Brasil é de 59,9%. O Distrito Federal é a unidade da federação com o menor desalento da população, 26,4%.

Fonte: Meio Norte

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