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Empresa vai explorar gás natural em município do Piauí

em 29 de setembro de 2017

A empresa Eneva, a Parnaíba Gás Natural, arrematou o bloco de explorações de gás natural na região do município de Porto Alegre do Piauí, no Sul do Estado, durante a 14ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), no Rio de Janeiro. O bônus de assinatura foi de R$ 307,501 mil.

A Bacia do Parnaíba teve cinco blocos arrematados na 14ª Rodada de Licitações da ANP, no Rio de Janeiro. O bônus de assinatura total arrecadado com a concessão desses blocos foi de aproximadamente R$ 2,7 milhões. O investimento mínimo previsto para a bacia é de R$ 55,35 milhões.

Os outros blocos arrematados ficam nos municípios de Colinas, Fernando Falcão, Mirador, Tuntum, Paraibano, Pastos Bons, Sucupira do Norte, Lagoa do Mato, Buriti Bravo, Passagem Franca, São João dos Patos, Sucupira do Riachão, Benedito Leite, Loreto, São Domingos do Azeitão, São Félix de Balsas e Nova Iorque, no Maranhão, mas que ficam na região da divisa com o Piauí. Na rodada, foram oferecidos 12 blocos terrestres na Bacia do Parnaíba, sendo seis localizados total ou parcialmente no Estado do Maranhão e sete localizados total ou parcialmente no Estado do Piauí.

(Crédito: Divulgação/ANP)

A Bacia do Parnaíba é classificada como nova fronteira, ou seja, possui áreas pouco conhecidas geologicamente e barreiras tecnológicas ou do conhecimento a serem vencidas. A bacia tem potencial para gás natural e conta com três campos de gás natural em produção e outros quatro na fase de desenvolvimento, no Parque dos Gaviões. Em julho, último dado disponível, a bacia produziu 7,8 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Ao todo, na 14ª Rodada de Licitações, foram ofertados 287 blocos em 29 setores de nove bacias sedimentares, totalizando área de 122.615,71 Km2. Além da Bacia do Parnaíba, primeira licitada, foram oferecidos blocos nas bacias de Pelotas, Potiguar, Santos, Recôncavo, Paraná, Espírito Santo, Sergipe-Alagoas e Campos.

A licitação teve por objetivos ampliar as reservas e a produção brasileira de petróleo e gás natural, ampliar o conhecimento das bacias sedimentares, descentralizar o investimento exploratório no país, desenvolver a pequena indústria petrolífera e fixar empresas nacionais e estrangeiras no país, dando continuidade à demanda por bens e serviços locais, à geração de empregos e à distribuição de renda.

Leilão tem maior bônus de assinatura da história

A 14ª Rodada de Licitações de blocos para exploração de petróleo e gás natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis marcou a retomada do setor de petróleo e gás no Brasil, com o maior bônus de assinatura total da história – mais de R$ 3,8 bilhões – e as duas maiores ofertas por bloco – cerca de R$ 2,24 bilhões e R$ 1,2 bilhão. O ágio foi de1.556,05%.

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, afirmou que o sucesso do leilão reflete as mudanças regulatórias realizadas pelo governo brasileiro, que tornaram o ambiente de negócios no país mais atraente a empresas de diferentes portes.

Décio Oddone disse que se tratou de um dia histórico do setor de petróleo e gás no Brasil. “Esse leilão representou o início da retomada de investimentos, após a maior crise que esse setor já passou no Brasil”, declarou Décio Oddone.

(Crédito: Divulgação/ANP)

Oddone lembrou que, além da 14ª Rodada, serão realizados ainda este ano dois leilões de áreas no pré-sal, outras seis rodadas até 2019 e terá início a oferta permanente de áreas. “Essas medidas atrairão centenas de bilhões de reais em investimentos, ou seja, em riquezas para a sociedade brasileira”.

A ANP continua sua estratégia de diversificar áreas exploratórias no país e atrair empresas de diferentes perfis. Para a 14ª Rodada, foram simplificadas as normas do regime de concessão brasileiro, como a adoção da fase de exploração única e possibilidade de estendê-la por razões técnicas; retirada do conteúdo local como critério de oferta na licitação; royalties diferenciados para áreas de nova fronteira e bacias maduras com maiores riscos; e incentivos para o aumento da participação de pequenas e médias empresas.

ANP realiza 2ª e a 3ª Rodadas do Pré-sal

Além da 14ª Rodada, com áreas no pós-sal, a ANP realizou a 2ª e a 3ª Rodadas do Pré-sal. Atualmente, os dez poços que mais produzem no Brasil estão no polígono do pré-sal, que já é responsável por cerca de metade da produção brasileira. A 2ª Rodada ofertou quatro áreas com jazidas unitilizáveis, ou seja, adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da área concedida. As áreas são relativas às descobertas denominadas por Gato do Mato e Carcará, e aos campos de Tartaruga Verde e Sapinhoá.

(Crédito: Divulgação/ANP)

Já a 3ª Rodada ofertou quatro áreas localizadas nas bacias de Campos e Santos, na região do polígono do pré-sal, relativas aos prospectos de Pau Brasil, Peroba, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central. O Governo Federal estabeleceu ainda um calendário plurianual de rodadas. Em 2018 e 2019 serão realizadas três rodadas em cada ano, sendo uma de áreas com acumulações maduras, uma do pré-sal, e uma de blocos exploratórios. A previsão é que as rodadas de 2017 a 2019 gerem mais de US$ 80 bilhões em novos investimentos ao longo dos contratos, mais de US$ 100 bilhões em royalties e milhares de empregos.

Fonte: Meio Norte

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