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Idade mínima de aposentadoria pode ser modificada na reforma da Previdência, admite Marun

O deputado reconhece que há margens para discussão, já que outros países adotam idades distintas.

em 22 de fevereiro de 2017

Deputado Carlos Marun admite mudança na idade mínima de aposentadoria, diferente dos 65 anos propostos. (Foto: Reprodução)

A idade mínima para aposentadoria no Brasil pode ser modificada, como resultado das negociações no âmbito da comissão especial da Câmara dos Deputados que discute a Reforma da Previdência. Essa possibilidade foi admitida pelo presidente da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB-RS), em entrevista ao Acorda Piauí, na manhã desta quarta-feira, na rádio Cidade Verde.

Marun disse que o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria é um dos pontos que considera inegociável na proposta de reforma apresentado pelo governo.Mas reconheceu que é negociável, sim, a idade a ser fixada. Na proposta, essa idade seria de 65 anos. Ele observa que, na América Latina, somente Brasil e Equador não têm uma idade mínima para aposentadoria.

O próprio Carlos Marun reconhece que há margens para discussão, já que outros países adotam idades distintas. Ele cita Estados Unidos, com idade mínima de 62 anos; França, com 66 anos; e Israel, com idade mínima de 60 anos.

Na entrevista à rádio Cidade Verde, O presidente da comissão especial da Reforma da Previdência afirmou que inegociável, mesmo, deve ser “o caráter de uma reforma efetiva”. Ele entende como efetiva uma reforma consistente, que tenha validade para décadas, e não seja uma mera maquiagem a ser modificada em poucos anos.

Ele enfatizou a necessidade da reforma diante da explosão do déficit da Previdência. Lembrou que os números referentes a 2016 estão sendo fechados, mas acredita que o déficit deve passar de R$ 250 bilhões. Também defende a ampla discussão sobre o tema, especialmente no debate que vai ser feito na comissão, logo depois do carnaval.

Perguntado sobre a reação popular,  ele disse considerar natural essas reações e que o trabalho da comissão será de ouvir essas vozes da sociedade. Mas ressalta a convicção de que a reforma é importante para o Brasil. Diz ainda que assumiu a espinhosa missão de presidente da comissão precisamente por entender que a reforma precisa ser feita, sob pena de termos no futuro aposentados sem aposentadorias, simplesmente pela incapacidade dos governos de cobrirem os custos do setor.

Fonte: Cidade Verde

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