Médico neurocirurgião piauiense coordena curso para brasileiros em Nova Iorque
Administrador em 14 de agosto de 2017
O médico neurocirurgião piauiense Dr. Ricardo Lopes está coordenando o primeiro curso de acessos à base do crânio, a ser ministrado em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Com o apoio de mais quatro profissionais em neurocirurgia do país, as aulas acontecerão de 12 a 14 de outubro e será voltado especificamente para brasileiros, em um dos maiores laboratórios de neurocirurgia do mundo.
Segundo Ricardo Lopes, o laboratório é extremamente caro e impossível de ter em solo brasileiro, por conta da estrutura e materiais utilizados, inclusive pelo fato do estudo ser feito em crânios humanos.
“As pesquisas nesses casos são feitas com espécimes, com cadáveres doados. Os próprios pacientes doam para pesquisa, porque nos EUA isso é possível. Ainda em vida, o paciente doa seu corpo para a ciência”, explicou.
Apesar de o Brasil também portar de excelentes laboratórios para estudos de neurociência, a pesquisa em cabeças humanas ainda demanda de muita burocracia, já que só é permitido em corpos de indigentes, ou seja, não reconhecidos pela família. “E apesar disso, ainda precisa de uma determinada autorização, o que retarda ainda mais o processo”, conta Ricardo Lopes.
O curso em Nova Iorque teve sucesso em inscrições. Com apenas 10 vagas, tive mais de 40 inscritos, o que motivou a equipe em abrir futuras turmas para ministrar o mesmo curso. “O curso está sendo coordenado por mim, pelo Dr. Gustavo Rassier, por Dr. Antônio Bernardo, Dr. Joel Lavinsky e Dr. Bernardo Barbosa. A primeira turma já esta formada e as aulas serão em outubro. A segunda turma deve ser formada para as aulas no próximo ano”, informou.
O curso é voltado para os acessos à base do crânio, que segundo Ricardo Lopes são acessos complicados e difíceis de fazer. Ele explica que é necessário um grande de treinamento e os estudos não devem parar nunca. “Não há como fazer em protótipos, não é tão real como feito em cadáver. É uma cabeça humana que quando faz o acesso cirúrgico, seria a mesma coisa de operar em um paciente vivo. A diferença em estudar em um cadáver é que você pode pausar, estudar, analisar e errar sem ter medo nenhum. A ideia do curso é diminuir ao máximo a probabilidade de erro”, explicou.
Para mais informações sobre o curso que acontece no próximo mês de outubro, em Nova Iorque, Ricardo Lopes disponibiliza um site em que detalha tudo sobre o que será ministrado. Ele é médico piauiense especialista em neurocirurgia da base do crânio, neuroendoscopia, neurocirurgia Vascular, neurocirurgia funcional e epilepsia e coluna traumática e degenerativa. Ele atende na Clínica Neuros, localizada na Av. Lindolfo Monteiro, zona Leste de Teresina.
Fonte: Portal AZ