Motorista morre após caminhão tombar na BR-135; 7º acidente com vítimas
Condutor vinha de Goiás para abastecer de tomate cidades do Piauí. Acidente aconteceu por volta das 7h desta quarta-feira (10), no Sul do estado.
Sarah Maia em 10 de maio de 2017
Um motorista identificado como Rodrigo Dias de Araújo, de 40 anos, morreu após um caminhão carregado de tomate tombar às margens da BR-135, Sul do Piauí. De acordo com a polícia, o acidente aconteceu por volta das 7h desta quarta-feira (10) na localidade Paraim, a 5 km de Corrente.
“O condutor vinha de Goiás para abastecer cidades do Piauí. Ao chegar próximo de Corrente, ele perdeu o controle da direção, saiu da pista e tombou às margens da rodovia. A vítima morreu no local do acidente e o corpo foi removido para o Hospital Regional de Corrente, onde familiares aguardam a liberação”, informou o major Marcos Hortêncio, da Polícia Militar de Corrente.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não atendeu a ocorrência, já que o posto mais próximo encontra-se na cidade de Bom Jesus, a mais de 250 km de Corrente. Este é o sétimo acidente com vítima na BR-135, em apenas dois meses.
No domingo (7), um ônibus com 37 pasageiros tombou após sair da pista na mesma rodovia, na cidade de Monte Alegre do Piauí. Uma mulher e um bebê de nove meses morreram ainda no local e quatro pessoas ficaram feridas. O veículo saiu de Goiânia com destino a Caracol.
Interdição da BR-135
O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Paulo de Tarso Cronemberg, avaliou o pedido da PRF para a interdição da BR-135. Após os recorrentes acidentes no local, o órgão de trânsito elaborou um relatório com várias irregularidades encontradas na rodovia e que oferecem riscos aos condutores.
Para o superintendente Wellendal Tenório, da PRF, parte do resultado das ocorrências registradas se decorre das péssimas condições de segurança da via.
“Temos de Elizeu Martins à Cristalândia um problema grande com falha na rodovia. São 18 km na BR-135 sem vias duplicadas, falta acostamento, com desvio do pavimento estrutural da via e outros fatores ausentes. A largura normal de uma rodovia federal é de 7 metros e ali temos 5,8 metros, o que impõe várias situações de riscos para quem passa por ali”, revelou.
Para Paulo de Tarso, a solicitação de interdição seria uma ‘medida extrema’ e alegou que existe um contrato até setembro deste ano com uma empresa privada para realizar a restauração e manutenção da rodovia.