No Piauí, prefeitos demitem mais de mil servidores e dizem não ter recursos para 13º
Administrador em 08 de novembro de 2017
Por conta da crise, oito prefeituras do Piauí já demitiram mais de mil servidores e os gestores já afirmam que não possuem dinheiro para pagar o 13º salários daqueles que continuam empregados. Em José de Freitas, os gastos com pessoal já ultrapassaram o limite estabelecido por lei, ou seja, a prefeitura passou a gastar mais da metade de arrecadação com pagamento de pessoal.
Sem alternativa, a prefeitura decidiu demitir 150 pessoas que exerciam cargos comissionados.”Eu vejo muitos que tinham um emprego e agora foram jogados fora. Eu acho uma tristeza”, afirmou o vigia Agostinho Rodrigues.
Pelos calculos da Associação Piauiense dos Municípios (APPM) já são mais de mil demissões no interior e a expectativa é que este número cresça ainda mais nos próximos dias. Ainda de acordo com a APPM, mais de metade dos 224 municípios piauienses está com dificuldades para pagar o 13º salário.
“É a maior crise de todos os tempos. Estamos sentindo isso, com obras paradas e há uma tendência dos municípios adotarem medidas duras para fechar os caixas”, revelou Jonas Moura, vice-presidente da APPM e prefeito de Água Branca.
O Tribunal de Contas (TCE) faz uma alerta para os prefeitos sobre o pagamento do 13 salário. “Essa é uma obrigação para os gestores e no momento que o pagamento não é efetuado este prefeito está cometendo uma falha grande perante o tribunal”, pontuou Kleber Eulálio, conselheiro do TCE-PI .
Outras seis também já cortaram os gastos com pessoal. São elas: Picos, Esperantina, Bocaina, João Costa, Bela Vista do Piauí e Paquetá.
G1 Piauí