Piauí reduz taxa de desemprego, mas subutilização do trabalho é preocupante
O Estado registra, portanto, movimento contrário ao país, cuja taxa de desemprego atingiu seu maior patamar desde o início da pesquisa em 2012, chegando a 12%. São, ao todo, 12,342 milhões de brasileiros sem ocupação naquele período.
Sarah Maia em 06 de março de 2017
O Piauí teve uma pequena redução na taxa de desemprego no último trimestre do ano passado – é o que mostram os dados da Pnad, divulgados pelo IBGE. A taxa caiu 0,6%, passando de 9,4% no terceiro trimestre para 8,8% no quartro trimestre. O Estado registra, portanto, movimento contrário ao país, cuja taxa de desemprego atingiu seu maior patamar desde o início da pesquisa em 2012, chegando a 12%. São, ao todo, 12,342 milhões de brasileiros sem ocupação naquele período.
Apesar de o Piauí ter registrado redução de desemprego, Teresina apresentou incremento de 1,4%, passando de 6,8 para 8,2 o percentual da população fora do mercado de trabalho.
Veja a síntese dos dados gerais:
– Comparado ao 4º trimestre de 2015, a taxa de desocupação do Piauí cresceu 1,6 pontos percentuais (era 7,2% no final de 2015).
– Comparando o 3º trimestre com o 4º trimestre de 2016, a taxa de desemprego caiu 0,6%.
– Teresina registrou 7,7% na taxa de desemprego no último trimestre de 2015. No terceiro trimestre de 2016, caiu para 6,8%, mas subiu para 8,2% no último trimestre.
– Enquanto isso, a taxa de desocupação no país somou 12% da população no último trimestre do ano passado; e a do Nordeste chegou a 14,40%.
Pessoas com Ensino Superior ganham mais
Segundo o IBGE, no Piauí as pessoas com ensino superior completo apresentam uma renda salarial 177% superior à renda média do trabalhador piauiense. De acordo com a pesquisa, uma pessoa formada ganha no Estado em média R$ 3.589 enquanto a renda média de um trabalhador sem instrução não chega a R$ 500.
Subutilização da força de trabalho
Os Estados da Bahia e do Piauí foram os que apresentaram maior índice do país na taxa composta de desocupação e subutilização da força de trabalho, com, respectivamente, 36,2% e 34,7%. Por sua vez, os Estados que apresentaram a menor taxa para esse indicador foram Santa Catarina e Rondônia com, respectivamente, 9,4% e 14,0%.
No Piauí, essa taxa é quase cinco vezes maior que a taxa de desemprego, o que denota a insuficiência de oportunidade de ocupação para o trabalhador piauiense, segundo análise do IBGE.
Fonte: Cidade Verde