Piauiense de 114 anos pode ser considerada a mulher mais idosa do Brasil
Administrador em 27 de setembro de 2017
Uma piauiense que vive em Valença do Piauí, cidade distante 210 quilômetros ao sul de Teresina, pode ser considerada a mulher mais idosa do Brasil. Nascida em 1903, Maximina Pereira da Silva completou, no último dia 10 de setembro, 114 anos de idade.
Com a ajuda de duas fisioterapeutas amigas da família, Maximina será inscrita no Gerontology Research Group, um grupo norte-americano especializado no rankeamento das pessoas mais idosas do mundo.
“A filha dela foi minha paciente. A gente ia para o aniversário dela e víamos que, apesar da idade, ela está bem de saúde, come de tudo e consegue se comunicar bem. Acreditamos que ela seja uma das pessoas mais idosas do Brasil”, supõe a fisioterapeuta Simira Veloso.
Maximina teve dez filhos [cinco estão vivos]. A idosa tem 36 netos e 30 bisnetos. Dona Maximina sustentou sua família trabalhando a vida inteira na roça e nunca frequentou uma escola.
“A minha vó ficou viúva quando estava gestante do último filho. Ela trabalhou a vida toda na roça. Pisava milho e arroz para conseguir comprar palha e construir uma casa”, relembra a neta de Maximina, Ilha Maria da Silva.
A família conta que Maximina nasceu em Araripina (PE) e veio para o Piauí há mais de 60 anos. Como não tinha documentação, Maximina só conseguiu se registrar em Pimenteiras (PI) e foi naturalizada como piauiense.
Adora conversar
Chás, mingaus, sopas. Nada disso é preferência no cardápio de Maximina. No auge dos seus 114 anos, Maximina é boa de garfo e gosta de comer carne assada, arroz e feijão.
“Ela não dá trabalho para comer, mas só come o que ela chama de comida normal, que é o arroz. É muito difícil ela comer sopa, mingau e chá. Reclama logo”, conta a neta Ilha.
É com Ilha que Maximina mora em uma casa humilde localizada em Valença do Piauí. Por conta da idade avançada, a idosa depende de uma cadeira de rodas para se locomover e requer cuidados especiais. A neta cuida da avó e diz que a única dificuldade que ela tem é conseguir que Maximina durma.
“Ela dá muito trabalho para dormir e tem que tomar medicação”, disse a neta. Dona Maximina também tem problemas na visão e quase não enxerga mais. Mas nada dessas dificuldades impede que ela tenha bom humor e goste de ter pessoas por perto.
“Ela adora conversar. O que perguntam ela responde. Se não lembrar, ela diz que não veio na memória dela ”, conta a neta.
A neta diz ainda que a família está animada com a possiblidade de Maximina ser a mulher mais idosa do Brasil.
A expectativa pode ser atingida já que, de acordo com o Gerontology Research Group, a mulher mais longeva do mundo é a japonesa Nabi Tajima, que tem 117 anos.
Em quinto lugar no ranking aparece a também japonesa Kane Tanaka, com 114 anos. Segundo a última atualização do site, dona Maximina ocuparia o 112º lugar entre as mulheres mais idosas do mundo.
A piauiense seria então a mais velha do Brasil, já que a brasileira mais longeva que aparece no ranking é Allida Victoria Grubba, que tem 113 anos e 166 dias.
“Eu acho que ela pode ser a mais velha mesmo, mas vamos ver o que vai dar”, acrescenta a neta. Amiga da família, a fisioterapeuta Simira Veloso está tentado entrar em contato com o Gerontology Group para apresentar os documentos que validam a idade de Maximina.
Fonte: Cidade Verde