Preso maníaco suspeito de matar saxofonista do Bonde do Maluco
Polícia diz que rapaz de 19 anos teria matado quatro pessoas em menos de dez dias. Os crimes têm em comum o fato de as vítimas terem tido a região do pescoço cortada pelo assassino.
Cleiton Jarmes em 07 de março de 2014
Foto: Reprodução/R7
Um homem de 19 anos foi preso suspeito de uma série de mortes na região do Brás, no centro de São Paulo. O jovem foi detido na noite de quarta-feira (5) em casa, no mesmo bairro onde aconteceram os assassinatos, e teria matado quatro pessoas em menos de dez dias. A suposta participação nos crimes foi revelada à polícia por meio de uma denúncia anônonima.
O rapaz foi levado à sede do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), onde presta depoimento. Os quatro crimes têm em comum o fato de as vítimas terem tido a região do pescoço cortada pelo assassino. O jovem nega a autoria dos assassinatos, segundo a advogada.
Na casa do suspeito, os policiais encontraram uma camiseta preta e um boné. Um homem com esse tipo de roupa aparece nas imagens do circuito de segurança analisadas pela polícia na investigação das mortes. Outro fator que faz a polícia acreditar que o mesmo homem foi responsável pelas outras mortes é o horários dos crimes, sempre após as 3h.
Outros casos
Quatro pessoas foram mortas em menos de dez dias na região do Brás. A última vítima foi um travesti, morto na rua Conselheiro Belisário. O crime foi gravado por câmeras de segurança e mostram o suspeito e o travesti caminhando na calçada. Os dois começam a lutar ao lado de uma caçamba. Ali aconteceram os primeiros golpes. O travesti tentou correr e foi perseguido. Depois, o suspeito fugiu.
Em outra gravação, o músico Aislan Dantas dos Prazeres, de 35 anos, outra vítima do “maníaco do Brás”, aparece caminhando com um casal. Logo depois, o casal surge sozinho. Em outra imagem, a vítima corre para pedir ajuda com a mão em cima de um ferimento. Aislan era saxofonista do grupo Bonde do Maluco que faz sucesso com o ritmo arroxa. Ele havia sido pai, pela terceira vez, dias antes de morrer, como conta a advogada da família da vítima, Jaqueline Leite Martinelli.
Aislan, conhecido como Japa desapareceu no sábado, 22 de fevereiro
— A esposa dele está bastante abalada. A gente vai ter que entrar com pedido para registrar o bebê porque não deu tempo, então esta semana que vem aí vamos ter que entrar com pedido para inclusão do nome dele no registro do bebê.
A advogada da família de Aislan esteve no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Durante toda madrugada, aconteceu o interrogatório do suspeito de ter matado as quatro pessoas. Ao ser preso, o suspeito negou participação nos crimes, mas a polícia encontrou na casa dele, além da camiseta e do boné, duas facas que podem ter sido usadas nas mortes. No local também havia muitos CDs e DVDs pirateados.
Fonte: R7