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Rejane Dias defende TCE menos “punitivo” e mais “pedagógico” após ser escolhida conselheira

em 10 de janeiro de 2023

Aprovada para a vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Rejane Dias afirmou que pretende seguir a linha da Corte de não se ater apenas ao punitivismo, mas de se voltar ao trabalho de prevenção de atos ilícitos na administração pública.

Neste sentido, a nova conselheira destaca a importância do TCE-PI também atuar como agente “pedagógico”, capacitando gestores públicos como prefeitos, secretários e demais membros da equipe administrativa que lidam com os recursos públicos.

“Muitas vezes o prefeito é eleito e assume uma equipe nova, que não tem experiência da administração pública, então é preciso treiná-lo e capacitá-lo para que não haja desvio de finalidade do recurso público”, afirmou Rejane Dias.

O nome de Rejane Dias foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) nesta terça-feira (10) após ser indicada pelo governador Rafael Fonteles (PT) para a vaga do conselheiro Olavo Rebelo, que antecipou sua aposentadoria.

Ao término da votação e aprovada para o novo cargo, Rejane Dias agradeceu a indicação do governador Rafael Fonteles (PT), o apoio dos parlamentares e o apoio da família. Ela disse estar “entusiasmada com essa nova missão”.

“Vou estudar muito para poder fazer o melhor trabalho possível, que já faço na vida pública. Na Assembleia foi bem destacado o nosso mandato, na Câmara Federal também. Me preocupo muito com isso, de enfrentar os desafios e fazer muito bem feito”, declarou.

Deputada reeleita no pleito do ano passado, Rejane Dias deve renunciar ao cargo antes mesmo de tomar posse na nova legislatura. Por conta disso, pediu compreensão aos mais de 125 mil eleitores que lhe deram o voto para deputada federal.

“Quando fui candidata a deputada federal claro que a intenção era ir para o mandato, fazer um trabalho cada vez mais propositivo, com mais experiência, mas veio essa oportunidade de poder ir para a Corte de Contas do Estado do Piauí”, ressaltou a parlamentar.

Outro fator que pesou para abrir mão do mandato foi o lado familiar. Mãe de uma jovem com deficiência, Rejane Dias afirmou que no TCE poderá passar a ficar mais próxima e dedicar mais tempo aos cuidados da filha e do restante da família.

“Ela já tem 25 anos e precisa da mãe mais perto. Conciliar o trabalho perto da família com certeza teve um peso muito grande. Queria muito que as pessoas que confiaram na deputada Rejane, que deram o seu voto, possam entender”, concluiu.

Representatividade

Com a ida de Rejane Dias para o TCE, o número de mulheres ocupando vagas de conselheiras titulares será maior que o de homens, quatro no total. Para ela, a composição torna o colegiado uma referência para as demais Cortes de Contas do país.

“Com o ingresso de mais uma mulher, deve ser o único do Brasil a compor um quadro maior de mulheres do que homens entre os conselheiros. Acho isso muito interessante e muito importante, que as mulheres ocupam mais espaços de poder”, concluiu.


Fonte: Cidade Verde

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