Réu que matou garçom falta ao júri e juiz decreta prisão preventiva
O primeiro júri popular por homicídio no trânsito, que aconteceria hoje(14), foi adiado. O acusado, o locutor de rádio Ivan Carlos Carvalho Panichi e sua defesa não compareceram ao Fórum de Piripiri. Pela falta não justificada, o juiz da 1ª Vara Criminal decretou a prisão do acusado.
Sarah Maia em 14 de novembro de 2017
O primeiro júri popular por homicídio no trânsito, que aconteceria hoje(14), foi adiado. O acusado, o locutor de rádio Ivan Carlos Carvalho Panichi e sua defesa não compareceram ao Fórum de Piripiri. Pela falta não justificada, o juiz da 1ª Vara Criminal decretou a prisão do acusado.
Ivan Carlos é acusado de atropelar e matar, no dia 11 de setembro de 2010, o garçom João Antônio dos Santos, conhecido como “João Fideles”, de 68 anos, na BR 343, Km 75, em Piripiri. Como Ivan foi devidamente intimado do julgamento (sem justificar a ausência), o juiz João Bandeira Monte Júnior, decretou, a pedido do Ministério Público, a prisão do acusado, que deve ser cumprida nas próximas horas pela autoridade policial.
De acordo com a acusação, a razão do não comparecimento do réu, pelo que se apurou, deu-se em virtude de a advogada dele ter alegado problemas de saúde, sem poder estar presente na audiência. Mas esse pedido – de adiamento de audiência – não foi avaliado muito menos deferido pelo juiz que, frente à ausência do réu a ato em que foi devidamente intimado, deferiu o pedido do promotor de Justiça pela prisão de Ivan.
O júri era aguardado com muita expectativa pela sociedade local, que ficou indignada pela maneira como se deu o crime, em que o autor, após matar o garçom, ficou ingerindo bebidas em um bar a poucos metros onde se deu o ocorrido.
Desde as primeiras horas da manhã, dezenas de pessoas se aglomeraram nas dependências do Fórum de Piripiri, muitas delas uniformizadas com camisetas e portando faixas com palavras de ordem. A ausência do réu acabou frustrando ainda mais as pessoas e a família da vítima, que viram no ato mais uma postura negligente do acusado.
“A gente esperava que a defesa fosse tentar tumultuar o julgamento, mas não desta forma, faltando à audiência. Isso demonstra total indiferença ao que nossa família e a sociedade piripiriense sofreram com a morte do meu pai. E demonstra, também, desrespeito à própria Justiça”, avalia Georlitom Alves, filho da vítima, que ontem desabafou sobre o julgamento para o Cidadeverde.com.
Após a ausência e decretação de prisão do acusado, o juiz João Bandeira Monte Júnior marcou, para o dia 22 de novembro de 2017, a próxima data em que o julgamento irá ocorrer.
Cidade Verde