17 toneladas de peixe morrem na barragem do Estreito em Francisco Macedo; prejuízo é de R$ 200 mil
A barragem de Estreito tem uma capacidade total de 23 milhões de metros cúbicos de água. Diante da prolongada estiagem na região, hoje, a represa estaria com cerca de 2,3 milhões de metros cúbicos.
Sarah Maia em 14 de fevereiro de 2017
Cerca de 17 toneladas de peixe morreram na barragem de Estreito, município de Francisco Macedo. O fato aconteceu nos tanques da Associação de Piscicultores de Francisco Macedo (APIFRAN) e foi constatado pelos associados na manhã do último domingo, 12.
Segundo Izedito Coutinho, presidente da Associação, a real causa da mortandade ainda é indefinida, mas pode ter sido causado pela falta de oxigênio. “Aqui nunca aconteceu algo assim. Sempre tivemos uma mortalidade normal, mas casos semelhantes a esse já aconteceram em outras barragens”, explicou.
Os peixes variavam entre 350 gramas e 1.3 kg. “Tinham peixes em crescimento, de engorda e pronto para o abate. Nós estávamos nos preparando para a Quaresma e Semana Santa, considerado período de alta temporada no comércio de peixes. Nosso cálculo era comercializar cerca de 20 toneladas de peixe na região”, disse, acrescentando que o prejuízo financeiro da associação é de aproximadamente 200 mil reais.
Ainda esta semana, os associados vão fazer um novo levantamento para saber o que restou de peixes. “Teve tanque que ficou zerado. Outros ficaram com quatro peixes, com cem peixes. Então, nós vamos fazer um levantamento para saber quanto ainda temos”, disse o presidente. Izedito informou que há 15 dias a associação recebeu um novo lote com 24 mil alevinos. “Temos 230 tanques de redes disponíveis e vamos distribuir para agilizar o crescimento, mas esse peixe só estará pronto para o abate em pelo menos cinco meses”, informou.
Alcidon Coutinho, um dos 18 associados, colocou a necessidade da aquisição de um kit de análise da água. “É uma ferramenta importante para fazermos o monitoramento das condições da água. Porém, é um equipamento que custa caro e ainda não tivemos condições de adquirir por conta própria, mas precisamos, e muito, para implementar o nosso trabalho”, disse, acrescentando que a associação buscará a aquisição do kit junto aos parceiros.
Sebastião Alencar, secretário municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente, lamentou o prejuízo da associação. “Vemos com muita tristeza. O nosso município vinha se destacando como um polo piscicultor, e esse fato comprometeu a cadeia produtiva, e, consequentemente, o planejamento da associação”, disse. Sebastião afirmou que a Secretaria de Agricultura buscará, junto com a associação, parcerias para revitalizar a cadeira produtiva dos peixes na barragem.
A barragem de Estreito tem uma capacidade total de 23 milhões de metros cúbicos de água. Diante da prolongada estiagem na região, hoje, a represa estaria com cerca de 2,3 milhões de metros cúbicos. “Não podemos afirmar com precisão, mas, com a experiência que a gente tem, acho que o volume deve estar em pouco mais de 10% de sua capacidade”, disse Sebastião. O secretário informou que uma equipe do DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – realizou estudos sobre volume de água da barragem.
Veja fotos da barragem:
Fonte: Cidades na Net
Com certeza foi a pouca água a causa da morte dos peixes e isso só Deus para ajudar, se chover tudo resolverá.
Luziânia Go.
att
Muito triste, essa noticia, sem palavras para descrever tudo isso, as familias dos acossiaados juntamente com a populacao e muito lamentavel isso. Esperamos que isso nao se repita mais. Mas forca e que todos continue a lutar para superar a perda e a tristeza de ver tudo isso.