ALEGRETE | Peça teatral e palestra marcam ‘Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes’
Evento foi realizado pelo Conselho Tutelar local em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social.
Sarah Maia em 18 de maio de 2017
Desde a segunda-feira (15), o Conselho Tutelar de Alegrete do Piauí junto à Secretaria Municipal de Assistência Social tem promovido ações alusivas ao dia 18 de maio – ‘Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes’.
Os eventos envolveram palestras em todas as Unidades Escolares Municipais com esclarecimentos sobre tais explorações e a clareza da proibição de determinados comportamentos; além de indicar procedimentos adequados entre as crianças e suas famílias para possível identificação de pessoas mal intencionadas.
Nesta quinta-feira, dia ‘D’ da Campanha, o Conselho e a gestão de Márcio Alencar, através da SEMAS, encerraram as ações de maneira diferenciada no ‘Espaço de Cultura’, com a apresentação de uma peça teatral intitulada ‘Infância Perdida’. O espetáculo foi encenado pelo grupo de teatro de Picos, com a atriz alegretense, Socorro Barros.
Descrita pelos presente como ‘emocionante’, a peça relatou a importância das fases da vida das crianças e adolescentes, tendo em vista a antecipação do comportamento adulto praticado por diversos jovens, que deixam de viver esta fase para envolverem-se em relacionamentos amorosos ou em amizades que não convém as suas idades, podendo comprometer seu futuro e desestruturar sua vida e dos familiares.
Ao final da apresentação, a psicóloga da Assistência Social, Vanessa Macedo, ministrou, em linguajar apropriado, uma palestra sobre a exploração e abuso sexual, reforçando às crianças e adolescentes presentes a importância de viver estas fases da vida e de haver uma comunicação dos mesmos com os pais, estabelecendo laços de amizade, com diálogo e compressão, entre a família; comportamentos que evitam exposição à possíveis abusadores. A psicóloga também destacou as características das explorações e abusos, bem como aplicados dentro da atual modernidade, referenciando as exposições em redes sociais.
“As mídias sociais, redes sociais, são uma grande porta utilizada como ferramenta para praticar o abuso; são meios de forte influência dentre os jovens e nestes meios há facilidade de chegar até as vítimas, sobretudo de maneira mascarada, camuflada”, explicou a psicóloga.
A explanação destacou também a vulnerabilidade e conflitos vivenciados na adolescência, além da sexualidade vivenciada de maneiras diferentes em cada fase da vida, cuja prática precoce pode resultar em prejuízos futuros sérios.
Os alunos da Unidade Escolar Municipal Maria Juceneuda Maia e Unidade Escolar Estadual Antônia de Sousa Alencar, conheceram ainda índices referentes ao tema, apontando que muitas vezes, na maioria das vezes, o agressor é alguém bem próximo.
Satisfeita com as ações, a secretária municipal de Assistência Social, Adrícia Sousa, relatou a disponibilidade total da gestão através do prefeito Márcio Alencar e da primeira dama Andréa Sousa, em promover sempre mais parcerias para eventos como o realizado neste dia 18, objetivando a proteção das crianças e jovens alegretenses, bem como orientando-os a jamais se calarem diante de algo que possam lhes corromper.
Além dos profissionais já citados, estiveram presentes todos os Conselheiros municipais Anderson Ramos, Maria Alba Régia, Justina Pereira, Josiel Alves, Pedro Rodrigues e Rafaela; a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, a assistente social Elayne Ribeiro; a secretária municipal de Saúde, Rayara Carvalho; e o secretário municipal de Cultura, Iago Sousa.
CASO MENINA ARACELI – DIA ‘D’
Na ocasião do evento, a conselheira Alba relatou aos presentes o caso da menina ‘Araceli’, assassinada em Vitória – ES, de maneira brutal, tendo seu corpo desfigurado e com marcas de tortura e abuso sexual. A criança, de apenas 8 anos, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta da cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, prescreveu impune. A data da morte da menina, 18 de meio de 1973, tornou-se então o ‘Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes’.