Em Paulistana, policia militar prende dupla acusada de roubo de carga
Administrador em 12 de setembro de 2017
Dois homens foram presos por suspeita de roubo de carga, na última sexta-feira (08), por uma equipe do 20º Batalhão da Polícia Militar (20º BPM), localizado em Paulistana, a 450 km de Teresina. De acordo com o comandante do 20º BPM, major Estanislau Felipe, os suspeitos são apontados como membros de uma quadrilha de roubo de cargas que atuava em todo o nordeste, principalmente, no Pernambuco, Bahia, Paraíba e Piauí.
A dupla foi identificada como Francisco Simonaldo da Silva, de 40 anos, natural de Cerro Corá, no estado do Rio Grande do Norte, que também atuava como motorista e residia em Picos, no Piauí, e José Dalemberg da Silva, de 28 anos, natural e residente de Caruaru, no estado do Pernambuco.
O major Felipe explicou que as diligências começaram após o proprietário de um veículo roubado acionar a polícia. “O proprietário da carreta procurou o 20º BPM por ser a Unidade da PM-PI mais próxima à cidade de Petrolina, no estado do Pernambuco, onde o rastreador da carreta emitiu o último sinal de localização do veículo, por volta das 02h00min da madrugada, do dia 04 de setembro. Foi designada uma equipe de policiais militares da unidade, sob a coordenação pessoal do Capitão Antônio Milton, subcomandante da unidade, para diligenciarem a fim de elucidar o desaparecimento do transporte e de sua carga”, explicou o major Felipe.
Ainda de acordo com o 20º BPM, foram colhidas as imagens do circuito interno de um posto de combustíveis na cidade de Parnamirim, também no Pernambuco, gravadas por volta das 03h30min da noite do suposto roubo. “Ficou constatado o envolvimento do motorista na trama do roubo forjado do veículo e sua carga, já que Francisco Simonaldo narrou para a polícia que foi feito refém e colocado no porta-malas de um corolla, tendo permanecido em seu interior até a sua liberação, que só se deu por volta do meio-dia na cidade de Aracaju-SE, fato este que foi desmentido pelas imagens”, afirmou o major Felipe.
Após obter essas informações, a equipe realizou uma barreira na frente do 20º BPM, a fim de interceptar o Francisco Simonaldo no seu regresso e questioná-lo sobre as referidas imagens, tendo ele, diante da apresentação das mesmas, confessado participação na trama criminosa e apontado os demais envolvidos. Voluntariamente, o motorista seguiu com a equipe do 20º BPM, sob o comando do major Felipe, à cidade de Caruaru-PE, objetivando localizar os demais envolvidos, a carreta e a carga.
Já em Caruaru, a equipe do 20º BPM obteve apoio de policiais militares da CIOSAC/BEPI/PMPE e do Serviço Reservado do 4º BPM/PMPE/Caruaru-PE, e conseguiu localizar o segundo envolvido, José Dalemberg, de posse de um veículo Volkwagen GOLF, placa OLY-9652, Estado de Goiás, que foi descoberto como sendo clonado. “O veículo também foi utilizado para praticar o crime. Ele, diante das imagens exibidas, também confessou envolvimento na trama com Simonaldo, bem como também apontou os demais envolvidos no golpe para o desvio da carga e da carreta mencionados”, informou o comandante do 20ºBPM.
Conforme o testemunho de José Dalemberg a polícia, o “cavalinho” e a carreta seriam clonados na região do grande Recife e posteriormente comercializados. Ele deu nomes de outros dois participantes que foram identificados e repassados para a Polícia Civil do Estado de Pernambuco como sendo os irmãos Klebersom Souza do Nascimento, ex-presidiário, e Anderson Duarte da Silva, residentes nas cidades Pernambucanas de Caruaru e São Caetano respectivamente.
“Creio que em breve deverá ser expedido mandado de prisão para os demais envolvidos neste crime, por parte da Justiça Pernambucana, a fim de que se efetue a prisão dos dois outros membros foragidos”, disse o comandante do 20º BPM.
O comandante informou ainda que a dupla presa pelo 20º BPM já foi liberada pela Justiça. “Mesmo com diligências ininterruptas o motorista envolvido nessa trama e confessamente autor do crime fora liberado na audiência de custódia sob a peça jurídica absurda de que não estava mais em flagrante. Isso acaba dificultando a atuação policial e a aplicação de uma reprimenda estatal adequada, permitindo que indivíduos que praticam grande lesão à sociedade permaneçam quase em um eterno estado de certeza de impunidade”, finalizou o major Felipe.
Fonte: GP1