Casas são parcialmente destruídas por deslizamento de terra durante enxurrada em Picos
Redação em 23 de fevereiro de 2024
Duas casas ficaram parcialmente destruídas após um deslizamento de terra ocorrido durante a chuva de quase 10 horas que atingiu o município de Picos durante a noite de quarta (21) e madrugada da quinta-feira (22). As residências ficam localizadas no bairro Paroquial, um dos pontos críticos da cidade.
No imóvel da cozinheira Esmeralda Maria da Silva, a cozinha e um banheiro desmoronaram com a enxurrada. Alguns eletrodomésticos do cômodo, como uma geladeira e um fogão, também ficaram destruídos. Esmeralda Maria conta que o momento foi de desespero.
“Muito desespero é uma coisa assim que você não domina porque a água não estava passando pelos esgotos ao lado da casa, estava passando por dentro de casa, carregando tudo, e você fica assim, sem saber o que fazer; o jeito foi correr e deixar tudo”, disse.
A cozinheira destaca que a situação é corriqueira e que, sempre que inicia o período chuvoso, ela precisa tirar os móveis do cômodo.
“Todos os anos quando começa a chover, tem que tirar tudo que tem na cozinha e colocar na sala e deixar lá vazio porque sempre corre o risco do paredão cair”, pontuou.
Já na residência do autônomo Izaquiel Pedro de Oliveira, também atingida pelo deslizamento, moram cinco pessoas e ninguém ficou ferido. Ele conta que, quando percebeu o perigo, só deu tempo de salvar os animais de estimação.
“Eu tenho uma cachorra, um gatinho que tive que salvar, tive que correr para poder tirar porque se não tirasse ia matar a cachorra e o gato”, disse o autônomo.
As vítimas contam também que não é a primeira vez que sofrem com esses problemas provocados pela chuva. Os residentes da região destacam ainda que uma das causas prováveis do deslizamento teria sido o desmoronamento de uma galeria que fica entre os bairros Aerolândia e Paroquial.
“Foi a galeria em cima do morro que estourou, que todo ano é desse jeito aí”, acrescentou Izaquiel. Os moradores atingidos pela enxurrada relatam que não têm para onde ir e pedem ajuda das autoridades do município.
“Que eles venham fazer aí o paredão para poder a gente ter pelo menos uma vida melhor porque a gente, quando vê um mormaço de chuva, já tem é medo”, desabafou Esmeralda Maria.
Fonte: Cidade Verde